Um perigo imediato

Montenegro já registrou, em pouco mais de 20 dias de 2024, 773 ovos do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika vírus e chikungunya. O número é sete vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. A situação coloca o Município em alerta e exige medidas imediatas para a contenção do vetor. E o problema não é apenas nosso: recentemente, Brochier emitiu um alerta a respeito dos focos do mosquito. Nos outros municípios da região, a falta de dados concretos também é motivo de preocupação, pois, com o alerta em nível estadual, o controle minucioso é mais do que necessário, para que se possa frear o desenvolvimento deste, que é um perigo imediato e real. É importante salientar que, mesmo sem casos da doença registrados em 2024, o maior número de focos do mosquito aumenta exponencialmente o risco de a doença também se tornar uma epidemia. E vale ressaltar que a dengue pode, sim, levar à morte.

O enfrentamento ao vetor é uma das estratégias na luta contra a dengue. A proliferação da espécie é favorecida pelo clima e pelo relaxamento dos cuidados por parte da população. O inseto se espalhou nas áreas urbanas, apesar de sua autonomia de voo ser de poucos metros (o que, em tese, facilita o cerco). A capacidade de multiplicação é fantástica: o Aedes aegypti leva em média 10 dias para se desenvolver e vive durante 30 dias. Uma única fêmea produz de 60 a 120 ovos em cada ciclo reprodutivo e pode ter mais de três ciclos durante sua vida.

O combate deve ser feito eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, os criadouros de larvas. Para isso, além da dedetização, é fundamental que haja atenção redobrada aos locais que podem acumular água. Mesmo em tempo seco, os ovos podem se manter e, ao menor contato com água limpa, voltar a se desenvolver. Certamente as freqüentes chuvas registradas por aqui contribuíram para que houvesse tamanho desenvolvimento do mosquito, mas isso só ocorre de forma desenfreada devido aos escassos – praticamente inexistentes – cuidados por parte de cada cidadão. Urge que cada um assuma a responsabilidade de cuidar dos seus espaços e ficar de olho na vizinhança, afinal, este é um risco a todos.

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