Um novo projeto de Agropecuária

Existe um setor que ainda é pouco valorizado, especialmente no que diz respeito à inclusão digital, todavia é essencial na vida de todas as pessoas. A agropecuária merece este status porque produz a comida que vai para o prato da nação. Do café da manhã ao lanche, nos momentos de festa e em reuniões de negócio, na mesa sempre tem algo que floresceu pelas mãos dedicadas das famílias do campo. Mas o que defendemos neste texto é sua ascensão definitiva ao mundo ‘hi-tech’ e as diversas formas de Ciência ao seu lado, reduzindo o sacrifício de sol-a-sol e garantindo mais qualidade no alimento que o brasileiro consome.

Verdade que certamente nos lembramos de promessa de campanha política ou discursos de cerimônias oficiais que valorizam o setor. Mas convenhamos, são sempre simplórios, ou limitados a promessas pontuais ou de condescendência, quase sempre com um ar de compaixão, de solidariedade. Mas o cenário é oposto, sendo o agronegócio um dos esteios da Nação, que não precisa de pena, mas de projeto.

O raciocínio proposto aqui parte do sucesso alcançado por uma família pecuarista de Montenegro, criadora da vaca leiteira segunda colocada na Expointer. Essa excelência, que lhes coloca como referência e puxa junto o nome da cidade, não aconteceu por um acaso divino, mas pela qualificação dos processos. Claro que há muito trabalho duro iniciado há mais de 50 anos pelos patriarcas; porém os sucessores souberam evoluir, buscando conhecimento que lhes atualizasse as exigências atuais do mercado.

Eles precisaram sair um pouco do potreiro e ingressar na sala de aula para mudar paradigmas que limitavam a expansão. Todavia, se não fosse pela Emater-Ascar/RS, primeiro com informação e depois com treinamento, talvez ainda estivessem no tempo da ordenha manual. Isso porque buscar este tipo de aperfeiçoamento custa tempo e dinheiro, dois elementos que custam caro à agricultura familiar.

Um caminho já difundido é da aproximação entre faculdade e lavoura, mas que ainda não é suficiente para alcançar os chamados rincões; o que representa um desperdício de sabedorias que deveriam estar em consonância. Alternativa ainda aos produtores é o apoio da iniciativa privada, que tem seus interesses particulares com a qualidade na produção primária. Pois então, avanço genético e tecnológico deve ser o maior programa de agropecuária a ser oferecido pelo Brasil.

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