Como um paciente que convive com uma doença e oscila entre alguns períodos de saúde e dias piores, o Hospital Montenegro atravessa mais uma crise financeira. Com atividade 100% SUS, a instituição montenegrina é responsável pelo atendimento a pacientes de vários municípios e, por falta de recursos, precisou suspender boa parte dos serviços que eram prestados.
Sem dúvida, garantir saúde é uma obrigação do poder público, compartilhado em suas três esferas – Município, Estado e União. No caso do Hospital Montenegro, o problema maior é o atraso nos repasses do governo estadual, motivo de reuniões frequentes com a participação de lideranças do município e da região.
Os atrasos, no entanto, não são novidades. Intercalados com períodos breves de repasses em dia, fazem parte da história do HM que, em um passado não muito distante, chegou a cogitar o fechamento. Felizmente, esses anúncios resultavam no pagamento de alguma parcela que garantia a sobrevida por algum tempo.
Esperar para que saúde seja prioridade no destino de recursos públicos, no entanto, coloca as finanças do HM em risco. Por isso, embora a população já pague para ter serviços de saúde através dos impostos, reportagem publicada nesta edição mostra algumas formas de contribuir para amenizar o problema – que parece crônico – da falta de recursos na instituição.
São alternativas para contribuir e garantir materiais diversos, como roupas de cama, alimentos, medicamentos, entre outros artigos que são fundamentais para o funcionamento. O HM tem projetos visando captar doações da comunidade, não só de Montenegro, mas de vários outros municípios gaúchos, uma vez que a região de abrangência da instituição é ampla. Colaborar depende de todos.