O ano de 2018 será um marco na história do saneamento básico em Montenegro. O cronograma da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) prevê o início das obras de instalação de uma Estação de Tratamento de Esgoto para julho do próximo ano. A expectativa para que esse investimento saia do papel é grande.
A importância do Rio Caí é indiscutível. Ao longo do seu percurso, suas águas banham vários municípios do Vale que leva seu nome e da Região Serrana, com seus empreendimentos econômicos e a própria sobrevivência das comunidades. Mesmo assim, o Caí não recebe a atenção que merece, carência que o coloca em uma triste estatística já conhecida dos montenegrinos: é o terceiro rio mais poluído do Rio Grande do Sul e, no país, o oitavo.
O despejo de esgoto diretamente no Rio Caí é a principal causa dessa poluição. Na sua bacia hidrográfica, poucos municípios já fizeram algum investimento em coleta e tratamento de esgoto. Caxias do Sul é o mais avançado, com serviço municipalizado que deu os primeiros passos na década de 70.
Montenegro está engatinhando e, para que comece a andar, é preciso mais do que definir um cronograma de implantação da ETE. É necessário executá-lo. Vale lembrar que, pelo cronograma anterior, em 2017 parte da cidade já teria o serviço de coleta e tratamento de esgoto, mas a projeção agora é iniciar as obras de implantação da Estação em julho de 2018. Cabe aos montenegrinos ficarem de olho para garantir que, agora, a previsão se confirme.