Os casos recentes de meningite registrados em São Leopoldo assustaram toda a comunidade. Sobretudo porque duas mortes já estão confirmadas. A meningite – uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o sistema nervoso central no cérebro – é doença séria, que se divide em mais de um tipo e que pode sim, rapidamente, levar ao óbito. Casos graves como os registrados na cidade do Vale do Sinos, nossa vizinha e que recebe moradores do Vale do Caí diariamente para trabalhar ou passear, assustam já que trata-se de uma doença transmitida pela saliva. Isso significa que, ao fazer uso de um talher, num beijo ou num espirro pode haver contaminação.
Lógico que as pessoas não devem sair à rua em desespero ou deixar de cumprir sua rotina, levando os filhos à escola. A meningite, apesar de gravíssima quando do tipo bacteriana, pode ser prevenida vacina e mantendo cuidados básicos de higiene. Ficar atento é muito diferente de agir com pânico. Este paralisa e impede, muitas vezes, ações decisivas. É essencial, por exemplo, manter a carteira de vacinação do seu filho atualizada. É decisivo, também, que os gestores públicos entendam que é preciso ter vacina para todos em São Leopoldo e nas cidades próximas, já que vírus não respeita divisa municipal.
Nestas horas é preciso fazer uma reflexão sobre o péssimo costume brasileiro de deixar tudo para o dia seguinte. Agora é a meningite. Que por matar duas de nossas crianças, gerou pânico. Ano passado foi um surto de sarampo em Porto Alegre. Num passado recente, foi a gripe A que levou multidões às ruas, vestindo máscaras, implorando por imunização. Na campanha nacional do ano passado, elas ficaram sobrando nos postos. Em breve, a de 2019 se inicia e resta a esperança de que não se espere um alto número de mortes para tomar providências. As vacinas, vale sempre o lembrete, levam ao menos 15 dias para começarem a agir no organismo humano, por isso que precisam ser feitas nos períodos adequados tanto no calendário infantil quanto nas campanhas sazonais. Isso é respeito com a sua própria vida e com os demais. Como está a caderneta de vacinação do seu filho?
