Rever e corrigir

Nos últimos dias, vieram à tona queixas diversas a respeito da saúde em Montenegro: dificuldade em marcar consultas, exames, demora em procedimentos cirúrgicos e até críticas ao atendimento prestado por alguns servidores do setor. Os relatos de usuários do sistema foram publicados em páginas nas redes sociais, principalmente após o falecimento de uma criança, ocorrido depois de uma longa espera por leito de UTI pediátrico. Fato revoltante e que precisa ser meticulosamente investigado. Os culpados pela perda desta tão prematura vítima devem ser devidamente responsabilizados. Da mesma forma, as falhas no serviço devem ser reconhecidas e, principalmente, corrigidas. Isso previne que outras tragédias aconteçam ou garante que, ao menos, as pessoas não tenham ainda mais sofrimento em um momento em que já estão vulneráveis pelo desconforto físico das doenças que lhes afligem.

Os profissionais estão cansados, sim. Eles passaram recentemente por um dos momentos mais tensos da história mundial e, muitos, ainda não conseguiram sequer desfrutar de férias merecidas. Mas os pacientes também passam por situações delicadas e merecem bom atendimento, que precisa ser minimamente educado e acolhedor. Da mesma maneira, o serviço carece de melhorias e investimentos financeiros para que as longas filas que se formaram durante a pandemia possam ser desafogadas. Um sistema de marcação mais eficiente, por exemplo, já aliviaria o trabalhado do servidor e facilitaria a vida do cidadão que precisa de atendimento.

O investimento na saúde preventiva também é chave para que não precisemos sobrecarregar as entidades lá na ponta. Talvez, uma parceria público-privada para a disponibilização de UTI pediátrica possa ser discutida na cidade, ao menos para sanar casos emergenciais; além de uma ambulância devidamente equipada para a condução de pacientes graves para outros municípios, em caso de necessidade. Mas, se for preciso abrir mais leitos, que as representações políticas unam forças para que seja feito. Mas precisamos pensar em alternativas, para evitar que mais pacientes sofram em nossa cidade.

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