Queremos mais Casa do Produtor

Sempre que você ouvir falar em agronegócio, tenha em mente que é referente ao segmento de exportação de alimentos. Exceto por alguns produtos industrializados, na sua mesa chega muito pouco das lavouras que brotam daqueles campos verdes que se perdem de vista. O alimento diário dos brasileiros vem das pequenas propriedades; da agroindústria familiar. Então, não é exagero dizer que comida no Brasil é negócio de família para família.
A terra é a saída para as crises, é a salvação social e econômica, inclusive no que tange preço justo e acesso ao alimento como um direito. E ainda que receba atenção dos governos federal e estadual, sua base são os municípios. Isso explica a importância da Casa do Produtor Rural de Montenegro, tanto que inclusive virou ponto de lazer e de confraternização. A certeza de que sua função social está sendo bem cumprida é confirmada ao percebermos que os montenegrinos se identificam com o espaço, entendendo que ali encontram produtos saudáveis e frescos.
Os clientes compreendem ainda o benefício que ela representa ao Município, pois, ao comprarem em suas bancas e frequentarem o café colonial, estão consumindo em sua cidade, reinvestindo os proventos que conquistam aqui, e assim fortalecendo a economia local. Apenas isso já deveria ser um motivo para cada morador ser cliente Casa do Produtor, inserindo-se ainda mais no círculo fraternal do alimento.
E agora que a Casa está com 13 anos, é o momento ideal para discussão a respeito do futuro. Muitos se incomodam por verem bancas vazias, especialmente nas atividades de terça e quinta-feira. Está claro que houve um sério enfraquecimento da oferta, após terem sido adotadas regras sanitárias a respeito de manipulação de alimentos. O efeito também é sentido na diversificação de produtos apresentados. Um retrocesso que é legal, mas que aconteceu quase sem apoio dos últimos governos no que tange encontrar novas oportunidades.
Mais do que serem cobrados, aqueles agricultores precisam qualificação. Precisam ver aprimorado seu horizonte empreendedor, com apoio do Poder Público fazendo uso do dinheiro de todos nós em prol do engrandecimento da comunidade. A Casa do Produtor Rural não é um benefício. Ela é um direito, um patrimônio que não pode ser esquecido à própria sorte como se fosse unicamente um projeto daqueles trabalhadores. Ela é nossa, e precisamos que nossos servidores públicos eletivos foquem em seu desenvolvimento.

Últimas Notícias

Destaques