Quem é contra o comércio local?

No sábado, dia 27 de março, o Ibiá publicou uma reportagem no portal sobre o descumprimento da determinação do Governo do Estado em relação ao funcionamento do comércio considerado não-essencial. A matéria foi feita em função de denúncias e das ações da equipe de fiscalização da Prefeitura no sentido de evitar as aglomerações.

Recebemos diversas manifestações repudiando a matéria e colocando o Ibiá como inimigo do comércio local. Sabemos que estamos todos com os nervos à flor da pele em virtude do fechamento do comércio por meses em 2020, três semanas e mais finais de semana agora em 2021. Mas é preciso ter clareza sobre quem são os vilões desta situação. Certamente não foi o Jornal que provocou a fiscalização e o fechamento das lojas. Até porque nós, do Ibiá, estamos no mesmo barco.
Apenas noticiamos o que estava acontecendo. Não foi publicado um nome de loja aberta ou que tenha sido fiscalizada. Muito menos enquadramos comerciantes como bandidos ou criminosos.

Atuamos nesta comunidade há 38 anos. Nunca fizemos campanha contra ninguém ou contra alguma empresa. Quem nos acompanha desde as primeiras edições sabe que sempre fomos e seremos apoiadores do setor produtivo, principalmente do comércio local. Por uma simples e clara razão: vivemos, compramos na nossa cidade e dependemos do desenvolvimento de todos, e não apenas de alguns.

Estamos tão impactados economicamente quanto a maioria dos comerciantes. Até mais! O próprio Sebrae apresentou estudos em que o segmento de Serviços perdeu mais que o Comércio. Qualquer ilação de que estamos contra o comércio local não é verdadeira. É até injusta. Muito pelo contrário: a PUJANÇA do comércio é vital para nossa sobrevivência.
Como a maioria dos comerciantes, tivemos que dispensar funcionários e fazer financiamentos para honrar compromissos. Hoje geramos 40 empregos (Já foram quase 80). São cerca de 40 famílias que compram aqui. Sempre trabalhamos e lutamos pela valorização e desenvolvimento do comércio local. Apoiamos todas as ações neste sentido. Inclusive, muitas delas aconteceram por nossa iniciativa.

Podemos começar uma guerra entre nós e destruir alguns soldados que estão do nosso lado ou unir forças para combater os verdadeiros inimigos do nosso desenvolvimento e da nossa sobrevivência. Que cada um faça a sua escolha!

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