O governador José Ivo Sartori certamente não foi eleito para oferecer a esmola de R$ 350,00 como primeira parcela de salário aos servidores que cumprem suas funções no Executivo estadual. Também não foi para que, junto de seus secretários, passasse três anos reclamando da situação das finanças públicas. Ontem, os professores estaduais de Montenegro e região fizeram Boletim de Ocorrência, registrando a humilhante situação que vivem. Quem pode condená-los?
A situação já era péssima há três anos quando, ao invés de reclamar, o governadr enfrentou uma verdadeira peleia para vencer a eleição. Ao contrário do que os políticos pensam, o povo tem memória. E as recordações dos debates realizados na época da campanha são esclarecedoras. Todos desejavam comandar o Rio Grande do Sul. E agora o vencedor do pleito, que já se encontra na segunda metade de seu mandato, mostra-se incapaz de resolver os problemas. Os antecessores erraram? Gastaram demais? Não tomaram medidas de contenção de custo? Tudo isso os gaúchos já entenderam. Exigem agora é a solução dos problemas.
Os últimos três anos de sacrifício não serviram para nada? Não avançamos? Que administração é essa que apenas castiga os gaúchos enquanto nada resolve, sem avançar nas principais demandas da sociedade? Se o Ibiá exagera na avaliação, o espaço está aberto à contestação.
Será que os nossos representantes não conseguiram ainda enxergar a situação em que vivemos?