Na edição desta quinta, 09, do Jornal Ibiá, as páginas de Polícia trazem notícias que preocupam pais e professores. De um lado, uma brincadeira de mau gosto, uma ameaça de atentado em escola, deixou a população de Triunfo em pânico. Do outro, em Montenegro, veículos do transporte escolar particular foram flagrados sem as cadeirinhas para crianças e um condutor sequer portava a CNH.
Pode até parecer exagero, mas estar em posse da Carteira Nacional de Habilitação é a garantia de que o motorista tem capacitação necessária para transportar passageiros. Da mesma forma, carregar crianças em veículo sem a cadeirinha (cujo uso comprovadamente evita tragédias) é uma forma de brincar com o bem mais precioso dos pais: a vida dos filhos. Claro que nunca desejamos que um acidente ocorra. A ideia é sempre sair de casa – ou da escola – e retornar sem imprevistos. Mas quando eles ocorrem, precisamos estar preparados para proporcionar a maior segurança possível, sobretudo aos pequenos.
Muitas vezes, na pressa, o documento pode ficar para trás. Mas esse tipo de descuido é uma infração de trânsito que pode complicar bastante a vida do condutor. Sabemos que equipamentos como a cadeirinha não são nada baratos. Mas a lei é bastante clara e, mais do que isso, a consciência de quem se propõe a transportar estudantes deve fazer com que o responsável use o equipamento e tenha as qualificações necessárias para o ofício. Por outro lado, os pais e/ou responsáveis devem certificar-se da forma como seus rebentos são transladados.
Ainda no que diz respeito à segurança nas escolas, o caso de Triunfo, uma brincadeira de muito mau gosto e um grande exemplo de fake news, afeta, mais do que a segurança das crianças, a de toda a população. Se há 10, 15 anos, o problema eram os trotes telefônicos aos agentes de polícia, hoje, esses inúmeros casos de falsas ameaças terroristas tiram dezenas de policiais de circulação para poderem verificar a denúncia. Enquanto isso, outro ponto da cidade pode estar sendo vítima de assaltos, homicídio ou qualquer outro crime. E os policiais não poderão atender devido à brincadeira de crianças – ou adolescentes – irresponsáveis e sem senso de comunidade.