Talvez você tenha lido o título acima e pensado que qualquer hora é péssima para boatos e fake news. Você tem razão. Criar informações falsas sobre qualquer assunto e utilizar-se da internet para espalhar é, no mínimo, um desrespeito. E a maior parte do chega no seu WhatsApp sem ser link de fonte conhecida e confiável é uma mentira que tem como único objetivo lhe enganar. Assim milhares de pessoas são feitas de idiotas diariamente, caindo em mentiras de todos os tipos.
Mas nenhum momento poderia ser pior que o atual. O mundo está temendo o coronavírus. Milhares de pessoas já morreram na China. Na Itália os óbitos já passaram de uma dezena, após poucos dias de o vírus lá ter chegado. Tudo isso já é razão o bastante para instalar pânico. Espalhar boatos soa como piorar o que já é um problema grave. E bastou que Montenegro tivesse seu segundo caso em investigação – o primeiro foi descartado – para que mentiras começassem a circular. Parte da população está tentando “adivinhar” quem é a paciente, tendo como critério as pessoas que estiveram fora do país, conforme ouviram falar. Isso coloca quem viajou como um alvo, atribuindo a essas pessoas a possível culpa por “trazer a Montenegro” o vírus. Este comportamento desesperado beira a barbárie e está aquém da nossa capacidade de raciocínio.
Todos precisam tratar deste assunto com o devido respeito. Informe-se o máximo que puder, sempre por meios de comunicação confiáveis. Se receber um link, veja a fonte antes de sair compartilhado. Se for um texto ou vídeo sem fonte, a chance de ser apenas mais uma mentira é gigantesca. Apesar de saúde ser coisa séria, ela vem sofrendo muito com os boatos. Nestes momentos de temor coletivo, precisamos manter a calma, seguir as orientações sobre a prevenção e, acima de tudo, não render-se nem colaborar com os boatos.
É muito provável que nosso estado e também nossa região, em algum momento, venham a ter casos confirmados. Precisamos confiar que, se isso ocorrer, as autoridades médicas e sanitárias irão atuar da melhor forma possível a fim de evitar que ele se espalhe e, assim, que conseguiremos passar por este vírus com o menor número de casos possível e sem óbitos.
