Recentemente, destacamos uma rotina nas páginas policiais que, mesmo triste, poderia passar despercebida dos leitores. São muitos os motoristas que abandonam vítimas de atropelamentos. Hoje, mais um caso. Uma senhora perdeu a vida ao ser atropelada enquanto caminhava pelo acostamento da RSC-287. O (ou a) motorista fugiu.
Não sabemos se o desfecho do caso poderia ter sido diferente caso o socorro tivesse sido oferecido. Mas essa chance foi tomada da padestre no momento em que alguém lhe virou as costas e seguiu sua rotina como se fosse possível ignorar uma vida deixada no asfalto. Talvez esse motorista seja identificado. Talvez ele perca o direito de dirigir e responda criminalmente. Talvez, apenas. Certo, mesmo ,é que, caso pretenda ser considerado um “ser humano” de verdade, ele não conseguirá colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo. Nervosismo? Pânico? Medo? Nada explica, muito menos justifica, ferir alguém e lhe dar às costas. Respeito pela vida é o mínimo que se espera de qualquer pessoa.