Na página 11 da edição desta quarta-feira, o Jornal Ibiá retorna à pauta que reúne segurança no trânsito, agilidade, comodidade e, até mesmo, estética da cidade. A passagem sob a RSC-287 usando o traçado da extinta linha férrea é uma opção antiga, sendo sempre retomada e nunca implementada pelos governos que passaram pelo Palácio Rio Branco. No popular, essa solução está caindo de madura!
Assinale-se, primeiramente, que o trajeto conhecido como “ponte seca” consta no mapa viário de Montenegro. Não é um atalho criado por motoristas e pedestres que adotaram a passagem, reconhecendo a segurança que oferece. Não apenas moradores do Faxinal fazem a travessia por baixo da rodovia estadual; como moradores do Panorama preferem retornar pela RSC para ingressar com tranquilidade à direita.
Se o povo já adotou a via, falta pouco para o Município estruturar a passagem. Não será preciso um grande projeto de engenharia, nem destinação de grande verba, tampouco dias de transtorno com longas intervenções nas vias.
A passagem sob o viaduto carece de melhorias, retirada de moradias irregulares, sinalização e definição de sentido. Feito isso, basta proibir a travessia de veículos no trecho do Panorama e limitar o acesso ao uso do retorno, e então liberar a melhor opção de circulação para os moradores dos bairros.
Mas é preciso dizer que há uma burocracia prevista, pois as laterais de uma rodovia pertencem ao Estado; e mais recentemente passou a interessar também à concessionária que assumiu a rodovia. Nada que tratativas de gabinete não resolvam, com possível divisão dos custos operacionais. Todas as soluções devem visar a preservação da vida.
Passados vários anos de reivindicações, por certo faltou iniciativa dos governos. Mas com a concretização das sonhadas rótulas na 287, a população de Montenegro tem o direito de nutrir mais esperança.