Não há constatação maior do que a força que tem o diálogo como ferramenta indispensável para alcançar vitórias, em especial aquelas que são de interesse coletivo. O primeiro passo da longa caminhada de uma reforma tributária no Brasil foi dado, sendo necessário aprimorar e zelar para que este pequeno avanço não receba reveses que a paralisem seu sucesso. Uma carência do setor produtivo, exigida para aprimorar a competitividade; e uma necessidade do trabalhador, fundamental para conseguir cobrir suas despesas diárias.
Certamente ainda não agrada a todos, precisa de muitos ajustes e de atender algumas demandas. Mas, após 40 anos, ao menos agora a Nação tem um projeto para discutir. Um primeiro passo que precisou de muito debate, especialmente ouvindo mais do que falando, dos políticos com os setores produtivos. Sobretudo, pediu que os próprios deputados sentassem à mesa de negociação, e chamassem também os governadores e prefeitos.
Somente assim, efetivamente esta pauta que afeta a todos os brasileiros, com alíquotas incidentes em suas vidas duas, três vezes ou mais, recebeu a atenção devida. Inclusive este foi um ponto ressaltado pelo deputado federal Pompeu de Mattos em sua palestra na Associação Comercial de Montenegro/ Pareci. Ele fez questão de afastar os “pais e mães” eventuais desta reforma, ressaltando as muitas mãos e os longos dias de trabalho que trouxeram à luz esta filha pródiga.
Entre os efeitos que se espera que espalhe sobre o País, a justiça social e o fim da ‘guerra fiscal’ entre estados – ou arrefecimento desta – são as mais vangloriadas. Realmente estes são benefícios com um leque amplo e há muito esperados, que representam que cada lado conseguiu puxar um pouco para seu lado.
Inclusive, economistas e empresários já haviam assinado um manifesto em favor de uma reforma, no qual reconhecem que não existe aquela ideal. Todavia, definiam que qualquer aprovação agora terá efeito muito positivo sobre a produtividade e o crescimento do País, reduzindo as desigualdades sociais e regionais, e incrementando os negócios através da melhoria no poder de compra do cidadão. Um pensamento que deve nortear a nação, afastando os debates da polarização e aproximando do bem comum.