O desemprego bate à porta

O que antes era uma previsão de especialistas, agora se confirmou e está nas ruas e, principalmente, na casa das famílias. O desemprego cresce e aflige o brasileiro. É verdade que o coronavírus abalou a economia de praticamente todos os países pelos quais passou. Houve aumento de desemprego pelo mundo todo porque é impossível passar por uma crise de saúde deste porte sem enfrentar seus abalos na economia. Alguns destes países, inclusive, já mostram recuperação, com a retomada dos negócios.

Mas isso não serve a nós, brasileiros, de alento, afinal, talvez estas nações não estivessem já anteriormente com dificuldades. Eles não têm os nossos enfrentamentos políticos, nem o nosso déficit educacional ou a nossa instabilidade financeira. Em meio a tudo isso, os gaúchos estão ainda mais temerosos porque observam outros estados brasileiros, que passaram pelo pico de casos de Covid-19 mais cedo, já retomando suas atividades econômicas com mais vigor, enquanto aqui ainda vivemos com UTIs superlotadas.

Mas existe esperança. Se há algumas semanas atrás a notícia de que Montenegro já tinha fechado 500 postos com carteira assinada apenas durante 2020 preocupou muito, recentemente foi percebido um aumento nas vagas oferecidas pelas empresas locais. Isso foi claramente notado por quem acompanha as vagas do Sine, noticiadas diariamente pelo Ibiá. E mesmo que lideranças apontem que a mesma vaga segue por dias em aberto, dando a sensação de mais oportunidades do que realmente existem, ver anúncios de oportunidades de trabalho é sempre uma boa notícia.

Porém, há uma grande preocupação nisso. Se há muita gente desempregada, porque a mesma vaga de emprego fica durante vários dias sem ser preenchida? Em parte, é por falta de preparo. As empresas precisam de mão de obra qualificada para ter a força de trabalho necessária para superar este momento tão desafiador. Ao que parece, não estão conseguindo. A solução para isso virá de duas ações que, isoladas não fazem efeito. O trabalhador terá que, mesmo em meio a tantas dificuldades, capacitar-se. E os gestores públicos terão de ofertar oportunidades também de capacitação. Fato é que recuperar os empregos terá de ser um objetivo conjunto no pós-pandemia que se aproxima.

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