Nossa emoção precisa de atenção

Em um mundo onde o tempo cronológico se tornou escasso para suprir anseios e necessidades, e as responsabilidades se acumulam. No meio destes arquivos imaginários, nossa saúde mental e emocional fica perdida, em último plano, sob a égide ilusória do “vai se levando”. As exigências da vida cotidiana, o ritmo acelerado e a pressão para estar sempre produtivo criam um ciclo vicioso que, ao longo deste mesmo tempo precário, pode desencadear doenças como ansiedade, depressão e exaustão extrema, agora popularizada “burnout”. No entanto, esses sintomas muitas vezes são ignorados sob a ideia ultrapassada de que cuidar da psique é sinal de fraqueza.

Infelizmente, essa concepção distorcida ainda presente no senso comum de que problemas emocionais são “frescura” ou “falta de caráter” ainda é comum. Esse estigma impede muitas pessoas de buscarem ajuda ou até de se preocuparem que estão enfrentando dificuldades. Como resultado, a negligência com a saúde mental não apenas piora o quadro emocional, mas também acaba por afetar a saúde física, jogando a pessoa no poço da hipocondria. Algumas vezes basta parar e falar!

É fundamental que a sociedade se conscientize sobre a importância de dar atenção ao bem-estar psicológico. Buscar apoio médico, fazer pausas no cotidiano e considerar nossos limites não são sinais de covardia, mas sim atitudes de coragem e cuidado. A verdadeira força está em quebrar o silêncio, quebrar os tabus e priorizar a saúde mental, buscando viver de forma equilibrada.

A saúde mental no Brasil ainda é desprezada, na contramão de sua crescente relevância. Embora cada vez mais as pessoas reconheçam a importância de cuidar da mente, obstáculos estruturais e culturais dificultam o acesso a tratamentos adequados. Fatores como falta de tempo, de dinheiro e de estímulo por parte dos órgãos de Saúde Pública, além das limitações deste mesmo sistema público, fazem com que a grande maioria da população continue negligente. Para quem depende do SUS, a situação ainda é mais complexa, já que atendimento psicológico é limitado.

Mas antes do desespero, e de acabar se apoiando nesta barreira citada no texto, tenha consciência das possibilidades mais simples. Adote um animal e compre uma bicicleta; faça uma horta em casa; marque uma partida de futebol. Compre pipoca doce do cara que vende na rua; e pare de pensar que precisa ser perfeito e bem sucedido.

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