Não basta só virar a folhinha

A necessidade de organizar o tempo, de registrar a evolução, bem como de comemorar eventos em datas fixas deu origem aos calendários. Os historiadores acreditam que a invenção é dos sumérios, um povo da antiga Mesopotâmia (hoje conhecida como Oriente Médio), em 2700 aC. O primeiro modelo era, composto por 12 meses lunares com 29 ou 30 dias, num total de 354 no ano.
Agora, faltando menos de 24 horas para o fim de mais um ano, é impossível não fazer, pelo menos, uma breve reflexão sobre o que foi 2018. Da greve dos caminhoneiros à Copa do Mundo; do incêndio do Museu Nacional às denúncias de assédio contra o médium João de Deus; da prisão de Lula à eleição de Jair Bolsonaro, para citar apenas alguns exemplos, não há como negar que foi um ano turbulento e intenso.
Não foi diferente no campo pessoal. Discutimos muito, mais nas redes sociais do que frente a frente, mas certas feridas vão demorar a cicatrizar. Acumulamos alegrias e perdas, ganhamos e perdemos oportunidades. Rimos e choramos, nem sempre na mesma intensidade e frequência. A maioria chega a este dia 31 cansada e, ao fazer o balanço entre perdas e ganhos, talvez o primeiro prato esteja mais pesado.
Por outro lado, a virada do ano também é tempo de esperança. A troca de folhinha faz brotar a expectativa de que 2019 será melhor. Possivelmente isso ocorra, mas as chances de acontecer serão muito maiores se tirarmos lições de tudo que vivemos nos últimos doze meses. É preciso aprender com os erros e multiplicar os acertos, planejar cada passo, esforçar-se ao máximo para não cometer os mesmos equívocos.
2019 será melhor à medida que estudarmos mais, trabalharmos com dedicação, buscarmos inovar e, principalmente, aprender. O sucesso também depende do tamanho dos sonhos de cada um e da disposição de torná-los realidade. Não será fácil, mas jamais teremos resultados diferentes se continuamos agindo do mesmo modo. Como disse o gênio Charles Chaplin, “a persistência é o caminho do êxito”.

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