Esta semana iniciou com protesto dos professores da rede municipal de Montenegro em frente à prefeitura. O motivo é o pedido para que seja cumprido o reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores da educação básica, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 27. Os profissionais da educação também questionam uma possível alteração no Plano de Carreira da categoria, assunto que deve ser debatido em novas reuniões entre a administração e os servidores.
Vale, nesse caso, o bom senso e o cálculo minucioso de gastos. Historicamente, a folha de pagamento do funcionalismo público fica no limite legal. Hoje, representa 48,78% da receita líquida do Município. É preciso cuidado, a fim de garantir que a cidade tenha recursos para outros investimentos e, logo ali nos próximos dias, será necessária a reposição salarial das demais categorias que fazem a máquina pública girar. O impacto disso nas contas públicas precisa ser bem avaliado.
Por outro lado, uma das peças fundamentais da educação é, sem dúvida, o professor. Valorizar esta categoria através de um salário digno e um plano de carreira que o estimule é uma forma de fomentar maior qualidade de ensino. Afinal, que profissional não se dedica melhor ao trabalho, tendo a certeza de que terá um bom salário no final do mês? É sim, imprescindível que os profissionais se sintam valorizados e com um ganho justo. Mas que isso seja feito de forma prudente para que o restante do município não seja prejudicado por um possível descontrole financeiro. É hora de sentar, botar os números na ponta do lápis e ajustar as contas para oferecer o melhor aos educadores, sem o risco de achatar os ganhos da categoria ou ultrapassar o teto financeiro.