A construção de duas rótulas em acessos ao Centro de Montenegro a partir da RSC-287 merece análise criteriosa. Está correta a ponderação de que antes era pior, com risco de morte e demora na travessia de motoristas e pedestres. Situação motivada por um sistema simplório que se tornara obsoleto ante o movimento intenso desta rodovia de ligação entre regiões.
E se arrastou por anos, encontrando pela frente soluções medíocres, baseadas na instalação de sinaleiras; e ações pouco eficazes, como abaixo-assinados que não encontraram ressonância. Mas foram posturas nobres, de indignação diante do medo de ver alguém da família perder a vida nas travessias.
Possíveis soluções mantiveram o tema em debate, reiterado nos discursos de campanhas eleitorais.
A solução definitiva foi construída entre a Prefeitura e o Governo do Estado. O equipamento viário rótula deve reduzir a velocidade dos veículos que rodam pela rodovia, além de regular sua passagem de forma que haja mais oportunidade aos que precisam ingressas ou cruzar a via. Em tese é o que deve acontecer.
O debate e relação aos acessos entre bairros e Centro, entretanto, não terminou. Moradores apontam que a sinalização ainda obriga a parada de quem está nas transversais, sem abrir de fato espaço entre aqueles que continuam com a preferência das pistas centrais.
Todavia os dois gritos de alerta mais relevantes são daqueles que precisam cruzar a pé e dos que moram no bairro Panorama. No primeiro caso, os moradores do Santo Antônio contam apenas com faixas de segurança, diante do aumento da distância em mais uma pista lateral. E quanto ao Panorama – outro ponto nevrálgico devido a inexistências de acostamento, faixa de pedestre e sinalização –, sequer foi contemplado.
O diretor técnico da EGR garantiu que, agora, serão analisadas outras soluções para beneficiar os pedestres. Esperamos que isso acontece logo.
A comunidade deve comemorar estes grande obra na nossa cidade. Demonstra que representatividade e boas relações políticas, além de união da comunidade, surtem efeito. Também está muito claro que este trabalho deve continuar, pois ainda há mazelas que precisam de soluções.