Menos egoísmo e mais consciência

As carências na rede pública de saúde já foram temas de várias reportagens especiais e inclusive de editoriais do Jornal Ibiá, tendo em vista a relevância do assunto para a qualidade de vida. Falta de especialidades médicas, bem como de exames mais especializados e, por consequência, grande demora para conseguir esses atendimentos são algumas das queixas mais comuns dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesta semana, porém, uma reportagem mostra que o usuário também tem sua parcela de responsabilidade nessa situação difícil em que o setor se encontra. Ao longo do ano passado, foram mais de 2 mil faltas de pacientes a consultas agendadas, o que representa um gasto desnecessário de aproximadamente R$ 160 mil. As razões para alguém não ir a uma consulta marcada podem ser as mais variadas, inclusive a própria demora. O receio de que o problema de saúde se agrave durante a espera pode levar um paciente a buscar recursos financeiros com outras pessoas para recorrer a um serviço particular. Nada, porém, justifica que o cidadão deixe de contatar o órgão responsável, seja o Hospital Montenegro ou a Secretaria Municipal de Saúde, para cancelar a consulta.
Essa medida reduziria a espera de outro paciente que está na fila esperando por atendimento e seria encaixado no horário vago por quem desistiu. Simplesmente deixar de ir sem cancelar a consulta é uma atitude irresponsável e egoísta. O tempo do profissional de saúde que fica aguardando é desperdiçado. Isso significa também dinheiro público jogado fora, pois o profissional recebe por esse tempo que não é aproveitado. Sem dúvida, o poder público tem grande parcela de culpa pelas carências nos serviços prestados pelo SUS, mas a situação poderia ser um pouco melhor se todos os usuários fizessem sua parte.

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