Assunto corriqueiro no município, o serviço de coleta domiciliar de resíduos sólidos, tanto na zona urbana quanto na área rural, tem gerado bastante reclamação. São moradores descontentes com a irregularidade do roteiro dos caminhões. As pessoas colocam os sacos em frente a suas casas, mas não têm certeza de que serão transportados até a central de triagem para posterior destinação ao aterro sanitário em Minas do Leão.
Chama a atenção que se trata de um serviço que não sai barato — apenas em 2016, a Prefeitura de Montenegro fez pagamentos à Komac Rental que totalizam R$ 2.317.682,56; em 2017, apenas até junho, a conta já havia chegado em R$ 1.133.622,01 — e, ainda assim, não se verifica uma coleta de bom nível de qualidade. Convém lembrar que esse contrato com a prestadora de serviços foi firmado em janeiro de 2014, ainda na gestão Paulo Azeredo, mediante dispensa de licitação, e tem sido prorrogado até hoje.
A Administração Pública Municipal tem a obrigação de explicar à comunidade montenegrina onde está a dificuldade em fazer a coleta de lixo funcionar adequadamente. Tem havido fiscalização por parte do corpo técnico do Município? Tem havido punição? Por que não se faz uma nova licitação?
Espera-se também uma postura mais firme do Poder Legislativo, cuja manutenção, no ano passado, custou R$ 3.083.669,55 aos cofres públicos. Há dez vereadores em pleno exercício do mandato e todos têm o dever de averiguar os fatos, porque os cidadãos pagam pelo serviço, porém não recebem o devido retorno. Fiscalizar é o dever número um dos nossos legisladores.