Abordamos na edição de hoje um tema que deve ser assunto sempre, porque envolve existências ainda muito jovens e que nem sempre têm a força e o auxílio necessários para se recuperar. É a inclusão das pessoas com deficiência. Incluir, é verdade, representa muito mais que uma calçada plana, um cão guia, corrimões confiáveis, elevadores em funcionamento, ônibus adaptados ou vaga em sala de aula regular. Mas começa por tudo isso. E por informação.
Sem conhecimento das mais diversas deficiências, não se consegue incluir ninguém. Inclusão é poder encarar a vida como todos e enfrentar as reais dificuldades, especialmente aquelas que são produzidas pela incompetência e pelo preconceito alheio, sem sofrimento. Incluir também não é repassar um problema, coisa que, aparentemente, alguns governantes não entenderam.
É fácil dizer que as escolas têm que matricular os estudantes em turmas regulares, cobrando do professor um trabalho específico, sem lhe oferecer a formação necessária. Isso é injusto com o aluno e com o educador, que se sente de mãos atadas frente a um desafio que poderia vencer tendo as ferramentas adequadas.
Por fim, é preciso que cada um faça uma avaliação. O que está nas minhas mãos? Posso tornar a minha calçada transitável? Como vou educar o meu filho para que ele lide melhor com as diferenças? Quem sabe, cobrar uma cidade mais igualitária, mesmo que diretamente em não seja beneficiado? Alguma coisa você também pode fazer.