Igual a quem?

São tempos de respeito à diversidade. Ainda bem. Porém, é de se estranhar que isso ainda incomode tanta gente. Dois anos em sequência a coroa do miss Brasil ficando com a beleza negra geram repercussão negativa. Preconceito disfarçado? Provavelmente. Ele se mantém, atingindo todos que ousam ser diferentes do que a sociedade considera aceitável.

A edição de hoje do Ibiá destaca dois eventos realizados ontem, voltados a grupos sociais que precisam de um olhar mais atento. Na Apae, ocorreu a abertura da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Pessoas que precisam e, acima de tudo, merecem, viver em uma sociedade que os aceite como são. Já na Estação da Cultura, ocorreu o Mais Garantias, que debateu os direitos da mulher. Elas, que ainda lutam pelo seu espaço e, no mínimo, o respeito de todos.

Diante dessas iniciativas, resta a cada cidadão se perguntar as razões que tornam necessários eventos que lembrem os direitos da mulher, dos deficientes, dos negros, dos LGBTs e das religiões. Respeito à diversidade? Diferente de quem? Igual a quem? Não seríamos nós iguais justamente por sermos únicos em nossas peculiaridades? Justo mesmo seria não haver necessidade de eventos para tornar a sociedade mais igualitária. Enquanto isso não passa de sonho, seguimos aplaudindo quem os faz.

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