Histórias que se repetem

Como um filme que se repete, a direção do Hospital Montenegro chamou a imprensa ontem para, mais uma vez, explicar à população o porquê da demora no Pronto-atendimento. Seus argumentos não são novos, assim como os problemas são recorrentes, numa demonstração de que a saúde continua sofrendo com a falta de recursos e se encontra constantemente como um doente em estado terminal, sobrevivendo às custas de aparelhos que podem ser desligados a qualquer momento.

O HM, mais uma vez, sofre em decorrência da falta de investimento no atendimento básico pelo Município. A maioria dos pacientes que procura o PA poderia ter seus problemas resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), os conhecidos postos de saúde. Se o plantão do HM fosse procurado somente por pessoas que de fato precisam de seus serviços de urgência e emergência, a demora seria bem menor – ou talvez o atendimento fosse até imediato.

A realidade, no entanto, é outra. Nas unidades básicas, os pacientes esbarram na falta de médicos, tanto em especialidades como em número suficiente para resolver seus problemas, além da dificuldade em conseguir exames necessários para um diagnóstico rápido e eficiente. Nos últimos meses, o Município reduziu os atendimentos na UBS do bairro Santo Antônio, embora sua clientela tenha aumentado com o fechamento da UBS do bairro Centenário.

O atendimento noturno na UBS da “Assistência” também deixou de existir. Não é de se surpreender, portanto, a maior demanda pelo PA do HM.

Últimas Notícias

Destaques