De falta de paciência o povo brasileiro não pode ser acusado. O mesmo pode ser dito especificamente em relação à população montenegrina. Exemplo disso aparece na matéria publicada na página sete da edição de hoje. Montenegro, aquele município que ostenta o título de “Cidade das Artes” está com o Teatro Roberto Atayde Cardona e a Biblioteca Pública Municipal fechados, por conta de uma reforma, desde o ano passado. Quase tudo pronto? Nem perto.
A obra está com, cerca de, apenas, 30% do serviço concluído. Não bastasse isso – e já é muito para a paciência de qualquer cidadão – sabe-se agora que, imaginando-se um cenário positivo e com obras entregues logo, as portas de ambos os espaços teriam de continuar fechadas. O Teatro Roberto Atayde Cardona está sem Plano de Prevenção Contra Incêndio.
Se por deficiências no efetivo do Corpo de Bombeiros, problemas administrativos ou apenas ineficiência do serviço público é um detalhe a se descobrir especificamente nesse caso. Mas e em tantos outros exemplos? O que chama a atenção é a dificuldade para que as coisas públicas andem, saiam do papel, tenham o curso normal. Não há razões que expliquem a demora que algumas obras públicas têm. E, é bom lembrar, enquanto elas param, o dinheiro escorre pelas frestas.