A enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul no mês de maio expôs a vulnerabilidade das concessionárias de abastecimento de água diante de catástrofes naturais. Diversas cidades sofreram com a falta de água potável durante dias. Casas de máquinas e bombas ficaram submersas, impossibilitando a captação e tratamento da água. A situação trouxe à tona a necessidade urgente de medidas que garantam o abastecimento mesmo em situações adversas.
A falta de água acarreta diversos problemas à população. Além do impacto imediato na saúde, há a interrupção de atividades cotidianas e econômicas. A escassez de água afeta diretamente o saneamento básico, higiene pessoal e o funcionamento de hospitais, escolas e empresas. É fundamental que as concessionárias invistam em soluções que garantam a continuidade do fornecimento, mesmo em casos extremos.
Um exemplo de medida eficaz é o sistema flutuante de captação de água, implementado pela empresa JBS em Montenegro. Ele permite a retirada de água em diferentes níveis de profundidade, adaptando-se às variações do nível do rio. Em casos de enchentes, as bombas flutuantes continuam operando, garantindo o abastecimento.
Outros países e cidades do Brasil também têm adotado soluções. Em São Paulo, por exemplo, o uso de reservatórios subterrâneos ajuda a manter a distribuição de água em períodos de seca ou enchentes. Nos Estados Unidos, a cidade de Nova Orleans, frequentemente afetada por furacões, utiliza um complexo sistema de bombas móveis e reservatórios elevados para assegurar o fornecimento de água.
A eficiência desses sistemas demonstra que investir em infraestrutura é essencial. As companhias de saneamento básico devem considerar a adoção de tecnologias avançadas e o fortalecimento das redes de abastecimento. Além de sistemas flutuantes, a instalação de geradores de energia para manter as bombas em funcionamento e a construção de redes de distribuição alternativas podem minimizar os impactos de catástrofes naturais.
As cidades também precisam investir em planejamento urbano que inclua a proteção das áreas de captação e tratamento de água. Ações preventivas, como a construção de barreiras contra enchentes e o mapeamento de áreas de risco podem reduzir os danos.
As concessionárias de abastecimento e as autoridades municipais devem trabalhar em conjunto para implementar sistemas que assegurem a continuidade do fornecimento de água potável. A experiência recente no Estado é um alerta para a importância de estar preparado para enfrentar os desafios impostos pela natureza. Investir em infraestrutura não é apenas uma necessidade, mas uma obrigação para garantir a saúde e o bem-estar da população.