A semana começa com confirmações financeiras importantes em favor de Montenegro. De Brasília, chegam verbas para a construção de uma nova creche Tio Riba, que será agregado ao valor do Município; e, ainda por meio do Governo Federal, é dado início à obra de pavimentação asfáltica da estrada de acesso à comunidade de Passo da Amora. Duas conquistas de envergadura e que contrastam entre si pela celeridade que uma é atendida no pós-enchente e a longa espera que marca a outra.
No cenário atual, um dos maiores desafios que os municípios brasileiros enfrentam é garantir o acesso a recursos para o desenvolvimento local. Para tanto, é preciso somar dois elementos decisivos: trabalho técnico e diplomacia. O primeiro, para que o Município chegue nas secretarias e nos ministérios com o projeto qualificado e detalhado, o que lhe dará grande garantia de atendimento. Ainda que não haja certeza de verbas destinadas e de imediato, ao menos a negativa não será dada por desqualificação do projeto.
Enquanto isso, a diplomacia traz o benefício por meio da capacidade de conversar de forma igualitária e respeitosa com qualquer corrente ideológica que esteja representada nos espaço de Poder. Tem mais chance de ser atendido quem dialoga dentro dos ditames do exercício do cargo público, esquecendo diferenças partidárias.
As prefeituras, com sua gestão executiva, são responsáveis por implementar políticas públicas, coordenar serviços essenciais e garantir o funcionamento das infraestruturas do município. Já as câmaras municipais, por meio dos seus vereadores, têm a missão de legislar, fiscalizar o Executivo e propor melhorias para a sociedade. Essas duas esferas, embora com papéis distintos, convergem quando se trata de atender aos cidadãos.
Porém, há um aspecto muitas vezes negligenciado que envolve a mobilização e a diplomacia na busca por verbas externas. Em um país marcado pela descentralização dos recursos públicos, a captação de investimentos de esferas superiores — ou de organismos internacionais — se torna essencial para que as demandas humanas, em especial de grande investimento, sejam sanadas.
Montenegro já havia sido taxada como sem força junto às esferas superiores, sempre correndo na maratona dos recursos sem nada conquistar. Então, agora devemos saudar o momento de visibilidade que beneficia, sobretudo, o povo.