Fazer ciência é persistir

Relata-nos a história que o grande inventor Thomas Edison em certa feita disse “Eu não falhei. Eu encontrei 10.000 maneiras que não funcionam”. Sua frase histórica foi cunhada ao divulgar uma de suas invenções mais úteis, a lâmpada elétrica; resumindo assim o quanto a qualidade de persistir é fundamental para um cientista. Nesta semana quem revelou o mesmo atributo foram os alunos marataenses do Colégio Estadual Engenheiro Paulo Chaves (reportagem na página 8 da edição 7.336 – quarta-feira).

Também o entusiasmo de realizar a primeira Mostra Científica da escola foi propulsor destes jovens, que nem mesmo a inundação causada pelo ciclone extratropical em junho abrandou. O fato é que as meninas e meninos viram seus projetos científicos serem levados pelas águas do arroio. Talvez em outro ambiente, esta catástrofe fosse interpretada como um fim na iniciação destes futuros profissionais. Mas não no ambiente de escola! Ali a profusão de conhecimento e criatividade entrou em simbiose com a resiliência, resultando em uma Mostra toda novinha.

Sendo apresentados à persistência natural aos que confiam em sua capacidade, refizeram os trabalhos, e, certamente com ainda mais vontade de sucesso, aperfeiçoaram seus experimentos. A nova jornada perpassou dois meses, que significaram 60 dias de mais aprendizado. Sim, porque na escola tudo é conhecimento. Engana-se quem pensa que os estudantes da Paulo Chaves saíram desta experiência carregando apenas sofrimento. A verdade é que a catástrofe foi mais um ensinamento que levarão por toda sua vida; seja a respeito de perseverança ou sobre como a humanidade interfere no Meio Ambiente.

Inclusive o tema da mostra pioneira “sustentabilidade e tecnologia” coaduna com os dias vividos em junho, e também agora em setembro nas cidades do Vale do Taquari. Não será surpresa se a II Mostra Científica do Paulo Chaves girar em torno da experiência vivida em 2023. Pois não apenas persistir move estudantes e professores.

Assim, com cientistas do nível de Thomas Edison, as comunidades escolares são instigadas pelo empírico, pelo mundo exatamente ao alcance de seus olhos. A escola não mais ou menos vítima da inundação, mas talvez seja a única que tenha aprendido com o fato, podendo render soluções para Maratá, e quiçá para o Brasil.

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