Ao colocar em um papel as prioridades de uma nação, a Educação deveria estar listada como item número 1. Neste conjunto estão escolas públicas e privadas, da Educação Infantil ao mais avançado do Ensino Universitário. Focando o desenvolvimento do País, todos os segmentos do conhecimento deveriam ser alavancados. Todavia, essa é uma teoria que não encontra ressonância nos governos. Prova desta desvalorização está na página 06 desta edição, que, faltando dois meses para o fim do ano letivo na rede estadual, traz estampadas respostas vazias da Secretaria de Educação a respeito de problemas recorrentes em Montenegro.
Antes de apontar os problemas do presente, é preciso observar que são heranças de um passado, perpetuado ao longo de anos. Inclusive, o atual déficit nas comunidades escolares também repete a reconhecida falta de servidores e de professores. Falta quem passe conhecimento em sala de aula, quem atende nos setores de apoio e quem zele pelo conforto e asseio das instalações. E é fazer pouco caso dos sentimentos humanos acreditar que estas mazelas não influenciam no desempenho e até na permanência dos estudantes gaúchos.
Ainda se referindo à cobrança enviada pelo Ibiá aos órgãos responsáveis; é preocupante a forma displicente com que responderam à população por meio da reportagem. Depois da demora, o que é enviado não traz definição ao problema. O papel do Estado é reduzido ao temporário, a um “tapa-buraco”. O paliativo é desestimulante, chegando quase no encerramento do ano e sendo encerrado – novamente – ao final deste período. E os estudantes da Rede Estadual em Montenegro entrarão 2023 dependendo, outra vez, da boa vontade dos pais e da abnegação, já erroneamente romantizada, dos professores.