A Feira de Empreendedorismo Feminino, que ocorreu na última sexta-feira, mostrou muito mais do que produtos ou iniciativas das empresárias locais – que, por si só, já são coisas muito grandes. O evento demonstrou outro fator digno de atenção da sociedade montenegrina: a união de um setor importante para a cidade. Assim como já ocorreu há alguns dias, quando a Sociedade Floresta promoveu a feira da empreendedoras negras, a ação da última semana mostrou que temos grande potencial.
Há muitas grandes idéias por aqui. Iniciativas importantes e que contribuem significativamente para o desenvolvimento da cidade. As empreendedoras estão provando que, com união, é possível tirar as idéias do papel e fazer com que todos cresçam juntos. Não há necessidade de um sobressair ao outro. Pelo contrário, é a união das mulheres que tem feito a diferença na questão do empreendedorismo. E quando essas mulheres se unem para puxar outras, como no projeto desenvolvido em parceria com o Núcleo Maria Maria da Cufa, o crescimento é ainda mais visível.
Pode parecer que elas empreendem como única alternativa a um mercado de trabalho muitas vezes hostil às particularidades femininas. Mas uma pesquisa do Sebrae aponta que as mulheres têm propósito definido: suas principais motivações vão além do ganho financeiro. Elas apontam a vontade de fazer a diferença, e a necessidade de desenvolver uma atividade que lhes traga satisfação pessoal como motivadores ao empreendedorismo. O Relatório Especial sobre Empreendedorismo Feminino no Brasil, que analisou o perfil das empreendedoras, mostra ainda que o país teve a 7ª maior proporção de mulheres à frente do seu próprio negócio. E, apesar dos desafios, que vão desde o preconceito à autoconfiança minada, elas mostram que, juntas, é possível potencializar suas forças, valorizando o que cada uma tem de melhor. Fazem, desta forma, todo o grupo se desenvolver. Que elas sejam exemplos a todos os empreendedores.