A edição desta quarta-feira do Ibiá abordou a apreensão que toma conta dos servidores da Emater/RS-Ascar, que se sentem ameaçados frente à possibilidade do governo estadual alterar a natureza jurídica da Empresa. Essa incerteza também atinge as comunidades rurais, que são atendidas das mais diversas formas pela Emater.
A instituição atua na garantia de qualidade e quantidade das safras gaúchas nos mais diversos cultivos. Além disso, promove cursos e integra comunidades como os Grupos Organizados do Lar (GOLs), que colaboram pela manutenção do povo do campo. O enfraquecimento da Emater não traria nenhum benefício ao Rio Grande do Sul.
No mesmo sentido, porém, em nível federal, o Sesc e o Senac estão realizando um abaixo-assinado em defesa das instituições. A incerteza, neste caso, teve início no final de 2018, quando integrantes do atual governo federal (ainda antes de assumir) levantaram a proposta de corte de até 50% em recursos e extinção do chamado sistema “S”, que também inclui Senai, Sesi e o Sebrae, entre outras instituições.
Mais um caso em que a apreensão toma conta não apenas de colaboradores, mas da população em geral. Afinal, essas instituições prestam serviços sociais, culturais, educacionais, ações de saúde e apoio ao desenvolvimento de pequenas empresas. Aqui em Montenegro, temos as escolas do Senai e do Sesi, que oferecem ensino diferenciado para os filhos de funcionários da indústria. O Maturidade Ativa é apenas um dos projetos mantidos pelo Sesc em nossa cidade. E, em parceria com a Prefeitura, o Senac acaba de formar uma turma que estudou gratuitamente técnicas de atendimento no comércio.
Diante das dificuldades econômicas, é até esperado que os governantes tentem reduzir os gastos, já que as receitas têm encolhido. Mas a grande questão está em decidir o que é gasto e o que é investimento. O que precisa ser mantido porque dá retorno à população e o que pode ser descartado. Bons gestores avaliam sempre a relação custo-bernefício. Pena serem tão poucos.
