Corriqueiramente, temos ouvido líderes do mundo todo referir-se a profissionais da área da saúde como heróis. Eles estão sim cumprindo este papel. É graças à coragem, conhecimento e força de vontade de enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos que nós não temos números de óbitos ainda mais assustadores no Brasil. Mas existem muitos outros profissionais que também precisam ser destacados. Nem sempre lembramos, por exemplo, que para um hospital manter-se operando, existe, além das classes já citadas, importantes profissionais como nutricionistas, cozinheiros, fisioterapeutas, faxineiros, telefonistas, recepcionistas, maqueiros e administrativos, entre outros.
Na edição de hoje, abordamos o trabalho de representantes de uma dessas categorias em especial. Conversamos com alguns dos higienizadores do Hospital Montenegro. A limpeza de um hospital sempre foi motivo de especial atenção, por importantes questões sanitárias. Todas as casas de saúde seguem protocolos rígidos para evitar a transmissão e proliferação de doenças dentro das instituições. Mas, em tempos de Covid-19, esses cuidados precisaram ser intensificados. É obvio que estes profissionais também gostariam de estar em casa, protegendo a si e aos que amam, mas sabem que da sua função dependem vidas. Por mais brilhante e especializado que o corpo clínico de um hospital seja, na falta de higienizadores competentes, não terão resultados satisfatórios. A preservação as vidas depende do trabalho de todos.
Fora dos hospitais também existem exemplos de categorias profissionais que se expõem a riscos para poder cumprir sua missão. É preciso lembrar dos caminhoneiros, dos caixas e atendentes de supermercado, policiais, frentistas de postos de combustíveis, bombeiros e, vale destacar também, os jornalistas. Todos estes profissionais – e certamente outros que ficaram de fora – estão entre os que não podem parar por atuar em funções essenciais na sociedade. Todos merecem aplausos e valorização. Cumprir seu trabalho vai muito além de “bater o cartão” e realizar uma carga horária, agir em prol de toda uma sociedade, cada um na sua missão.