O investimento de R$ 6,2 milhões que a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) tem feito ao longo deste ano na rodovia ERS-240 (Montenegro-São Leopoldo) chama a atenção por contrariar uma péssima situação à qual os gaúchos já estão habituados: as estradas primeiro têm de chegar a condições desastrosas para, somente depois, o governo estadual realizar uma “meia-sola”. O maior exemplo disto é a malconservada RSC-287, que parece praça de guerra em seu trecho urbano de Montenegro, notadamente as vias laterais.
Neste contexto de absoluto desrespeito a quem paga caro pelos veículos, pelo combustível e pelos impostos incidentes sobre a cadeia automotiva, a 240 está na contramão pelas suas boas condições gerais e manutenção (roçada, principalmente) constante. Os elogios, porém, se encerram aqui, já que se trata de uma via pedagiada e, infelizmente, não tem há anos nenhum centímetro de duplicação.
Por mais que se empenhe a dar um retorno à população por meio de sua enxuta estrutura, a EGR patina em meio à burocracia. Basta dizer que no ano passado a praça de Portão arrecadou R$ 24,1 milhões e gastou R$ 17,1 milhões. São ao menos sete milhões de reais sobrando em caixa e, ao mesmo tempo, Montenegro aguarda há anos pela construção de um trevo adequado na confluência da 240 com a 287, a BR-470 e a rua Buarque de Macedo. Os projetos deveriam andar bem mais rápido, em nome do desenvolvimento do RS e em respeito ao contribuinte.