O machismo, infelizmente, ainda está incrustado na sociedade em diferentes níveis. Mesmo que as mulheres – e até homens – lutem contra o preconceito diariamente, a realidade do nosso País mostra que estamos distante da tão buscada igualdade de gênero. A luta contra o preconceito, contra o assédio e contra a violência não pode parar.
No último domingo, 52 jornalistas de todo o Brasil lançaram uma campanha em defesa das mulheres no esporte, batizada de “#DeixaElaTrabalhar”, em uma batalha contra o assédio moral e sexual sofrido por elas. O manifesto busca dar fim ao preconceito existente nas arquibancadas, nos gramados, quadras, ruas, redações e demais espaços onde esportes são praticados. Muitos clubes estão reforçando a iniciativa nas redes sociais, mas apenas isso não basta.
O caso mais recente de machismo ocorreu justamente no domingo, dia em que o movimento foi lançado. Um torcedor montenegrino proferiu ofensas contra uma repórter da RBS TV no estádio Passo d’Areia, durante o intervalo da partida entre São José e Brasil de Pelotas, pela semifinal do Campeonato Gaúcho. O sujeito foi flagrado pelas câmeras e foi retirado do local pela Brigada Militar. Decisão mais do que acertada.
Já passou da hora da mulher ser respeitada, onde quer que ela esteja, trabalhando no que ela quiser, vestindo o que bem entender e dizendo o que pensa. A qualidade de um profissional – da mídia ou de qualquer outra área – não guarda relação com o sexo. Precisamos assimilar isso. E logo.