De volta?

Estamos tentando não enxergar ou, quem sabe, negar a volta de casos de Covid em nossa cidade, como em todo o país. É fácil de entender. Nos assombra a idéia do “comércio fechado”, do “fique em casa”, de uma pandemia que deixou marcas profundas em toda a população. Por isso, poucos de nós estão atendendo ao chamado das autoridades para usar máscara em ambientes fechados e higienizar as mãos com álcool em gel.

As consequências são visíveis e podem ser confirmadas pela elevação do número de novos casos de Covid-19 em Montenegro: a média é de 18 positivados por dia. Nesta nova “onda”, a doença é provocada pela BQ.1, uma sublinhagem da variante Ômicron, que carrega mutações em pontos importantes do vírus. Notícias da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de que a cepa já foi detectada em 70 países. Esta variante é caracterizada pela rapidez com que se espalha, embora seu nível de risco seja semelhante às outras. Ou seja, as chances de contrair a doença caem bastante se a pessoa estiver plenamente imunizada.

Parece mesmo um filme de terror. Quando vibramos com a morte do monstro, logo vem outro pior para nos assustar. Não temos, no entanto, para onde fugir. A solução é a prevenção. Para isso, precisamos nos cuidar e também proteger as pessoas que estão a nossa volta.

As secretarias de Saúde da nossa região estão reforçando o apelo para que todos completem o esquema vacinal. Pacientes com mais de 18 anos com comorbidades, trabalhadores da saúde e outras pessoas com mais de 30 já podem tomar as quatro doses. Quanto às máscaras, sabemos o quanto são desconfortáveis, mas o uso é muito importante em estabelecimentos públicos e privados da área da saúde, no transporte coletivo e em outros ambientes com baixa circulação de ar. Idosos com mais de 60 anos, gestantes e imunossuprimidos precisam utilizá-las o tempo todo.

As vacinas são usadas em todo o mundo há décadas e tem se mostrado eficaz na erradicação de muitas doenças. Embora ainda exista desconfiança em relação a Covid, é o que temos para prevenir o pior desta doença. Vamos lá completar o esquema vacinal.

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