Cidadania e o Plano Diretor

A cidadania é uma postura, muito mais do que um somatório de direitos e benefícios. Representa também diversas obrigações, permeadas por respeito e lisura social. Ela requer, sobretudo, engajamento nas decisões que afetam o coletivo. Neste sentido, participar da atualização do Plano Diretor de Montenegro é um daqueles direitos adquiridos que vem com característica de obrigação.

O tema será colocado na mesa em Audiência Pública na Câmara de Vereadores na noite de segunda-feira, dia 23. Será um momento para sugerir alterações pertinentes, pensando sempre no futuro da cidade. Importante salientar ainda que as ideias levadas ao debate devem atender à coletividade, sem relação com melhorias de infraestrutura da cidade.

Justamente, o Plano Diretor norteia como, onde, porque e quando intervenções, do Poder Público e da iniciativa privada, serão executadas.
Lembrando que a participação é um dever, não sendo obrigatória. Mas em caso do cidadão que não se somar aos demais pensamentos, não vale, de forma alguma, aquela frase julgadora de que “depois não adianta reclamar”. Inclusive, pelo fato real que não são todos que têm tempo disponível na noite de uma segunda-feira. Ser uma pessoa ocupada não deve ser usado para julgar e punir, transformando aquele em um pária social.

Sempre é eficaz o protesto, a manifestação de contrariedade; que também são prerrogativas da cidadania. Contudo, é preciso entender que aquilo que foi decidido no Plano Diretor prevalece, tirando completamente da discussão o fator irregularidade. Uma maneira eficaz de todos se fazerem presentes é através da nomeação de representantes legais além dos vereadores eleitos, o que salienta novamente a importância das associações de moradores.

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