Benefícios demais

Ontem a justiça brasileira corrigiu algo que, de tão errado, chega a ser desmotivador à população. É que o Senado, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), cortou parte salário, verba indenizatória e direito a carro oficial para Aécio Neves, senador pelo PSDB-MG, que é investigado pela Polícia Federal. No Senado Federal, seu nome também foi retirado do painel de votações.

Parece óbvio que um político acusado de negociar propina não faça mais uso de privilégios. Menos ainda, que estejam em suas mãos decisões importantes aos rumos do país. O mesmo vale para qualquer político. Esse comportamento, tão comum à classe, revolta o povo por passar a mensagem de que, independente dos erros cometidos, eles seguirão no comando, enquanto os trabalhadores arcam com os resultados de seus desmandos.

Senador envolvido em escândalo de corrupção merece verba indenizatória? Talvez devesse é indenizar o Brasil. É bom que aquelas pessoas que exercem cargos públicos lembrem-se de por que lá estão. Servir ao povo é diferente de servir-se do povo e do que é patrimônio de todos. A classe política tem benefícios demais no Brasil e, pior, não os faz por merecer.

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