Números como 4,6 ou 5,7 podem não fazer muito sentido para você. Para parte das pessoas, aliás, os números em geral não são muito compreendidos. Trabalhar com eles é assustador. O problema – assim como muitos outros da nossa nação – está justamente nas salas de aula. Na má gestão, na falta de investimento na educação e na desvalorização do professor, personagem principal para a melhora do ensino.
Mas voltando aos números, nossa região tem indicadores considerados positivos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), superando a média estadual. Em Montenegro, deve ser motivo de orgulho sabermos que a Escola Estadual de Ensino Fundamental Coronel Januário Corrêa se situou entre as 10 melhores do Rio Grander do Sul, com a nota 6,2. Isso é sinal de que é possível atingir a meta, com alguma dose de empenho e dedicação extra. Parabéns à direção, alunos e quadro docente!
Porém, os números regionais também mostram que nem sempre as nossas instituições de ensino atingem as suas próprias metas. Ou seja, temos a possibilidade e a necessidade de melhorar não só em rendimento como em evitar a evasão escolar. Não é porque o Rio Grande do Sul tem média de 3,4 no Ideb (Ensino Médio) que iremos nos balizar nesse nível. Nossas crianças e adolescentes podem, merecem e têm capacidade para muito mais do que isso.
Os números do Ideb trouxeram em nível nacional certo desapontamento. O Brasil ficou muito aquém das metas. O RS, que já foi destaque na educação brasileira, hoje também já não é fonte de tanto orgulho. Em meio à campanha eleitoral, é bom cada um avaliar o que o seu candidato à presidência ou ao Piratini tem como plano para a educação e como pretende executar seus objetivos. A melhora nos números depende disso.