Existem rituais que são meramente simbólicos. Uma tradição que ninguém questiona, até por que não faz mal, não traz implicação ideológicos, não dá muito trabalho. Tem ainda casos como do réveillon, que até é divertido, apesar de ser apenas uma mudança de calendário e que algumas nações sequer seguem. Por falar da nossa contagem do tempo, na segunda-feira viramos o meio do ano. Lá se foi o primeiro semestre, começa o segundo, e, nada de novo acontecerá. Ou pode ser o primeiro capítulo de uma nova história. O que não podemos, é negar que é acalentador criar essa pequena e inofensiva ilusão de ‘nova chance’.
A verdade é que precisamos de uma fagulha de misticismo, de uma esperança que nos empurre em direção à cabeceira da pista de decolagem. Inclusive porque o Rio Grande do Sul precisará de toda a energia possível para começar uma retomada que será longa e dolorida. Vamos precisar de todo mundo unido, sem soltar a mão de ninguém, caminhando ao mesmo passo e rumando na mesma direção.
Para dar este ‘up’ uma boa receita é cercar-se de pensamentos positivos e bons exemplos. De algo que renove nossa fé na possibilidade de recomeçar. Comecemos pela página 9, onde a repórter Isadora Ferreira nos brinda com a animação de quem receberá uma casa nova, após ver seu lar sucumbir na catástrofe climática. Celeste, com seu nome propício, fala em benção, e espera por esta virada na vida neste ano que chegou à meia idade.
Ao chegar na página 18, você leitor terá seu bom exemplo. O jornalista Wellington Marques relata como os Centros de Tradições Gaúchas ampliaram sua missão da perpetuação do folclore à função social. Uma das jovens prendas explica, entusiasmada, o valor por trás de uma organização social, assinalando que as pessoas esquecem o lado ruim. Algo simples e necessário: pensar no bem e fazer o bem.
Já que falamos sobre o nosso presente valorizado, voltemos à página 12 para receber essa lição de simplicidade e criatividade para difundir o conhecimento. Alunos de escolas municipais de Pareci Novo tiveram uma aula divertida e saudável, caminhando na natureza preservada e comendo bergamota sem veneno. Viram de perto a relação perfeita que garante a vida. Neste caso, a esperança é que os jovens levem para vida adulta, e coloquem em prática, as informações que receberam. Então talvez, não tenhamos mais catástrofes climáticas.
Por fim, na página 3, destacamos a noite de celebração aos Especialistas montenegrinos. Estes que, com seu conhecimento e garra, ajudar a cidade a crescer, cada um investindo em sua área e fazendo o melhor por nosso município. Certamente, são exemplos de que o segundo semestre poderá ser, sim, muito melhor.