“É uma aberração cantar os mesmos cânticos em todas as celebrações” (Martim Lutero)
Prezada leitora! Prezado leitor!
Ao celebrarmos 505 anos da Reforma Luterana no próximo dia 31 de outubro, hoje trago mais uma temática importante que o movimento reformatório trabalhou e destacou. Hoje perguntaremos a Martim Lutero acerca da Música.
O doutor conhece música?
Eu cresci cercado de música. Na infância cantava os hinos dos mineiros, pois meu pai trabalhava em uma mina de carvão. Era um menino cantor na escola de Mansfeld. Continuei a cantar no coro da igreja quando fui estudar, primeiro em Magdeburgo e depois em Eisenach. Na Universidade e Erfurt, além de gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria e astronomia, estudei música. Quando fui para o convento de Santo Agostinho, com 22 anos, aprendi o canto gregoriano. Canto a voz masculina mais aguda, o tenor.
O cântico é importante no culto?
De sua importância. Deste os tempos de Moisés (Êx 15.1,2) e de Davi (1Cr 6.31). Basta ler o Salmo 100. Ou a longa reunião de Jesus com os discípulos no cenáculo, na véspera da morte do Senhor, terminou com o cântico de um hino (Mt 6.30). Não existe culto se cânticos.
Canta-se muito aqui em Wittenberg?
Em nossos cultos aos domingos e nos dias de semana, nas reuniões matinais e vespertinas. Mas nunca os mesmos hinos. É uma aberração que se cantem os mesmos cantos em todas as celebrações. Os sapatos novos, quando ficam velhos e começam a apertar, não são mais usados, mas jogados fora para se comprar outros. É preciso que hajam cânticos suficientes para diferentes ocasiões, como Natal, Páscoa, Pentecostes, etc.
Essa ilustração dos sapatos velhos que o doutor citou me deixou com a pulga atrás da orelha. O doutor jogou fora os hinos tradicionais da igreja?
Claro que não. Mas meu esforço é duplo: as vezes há muita coisa podre e fria na música tradicional, e muita coisa carnal nas modernas canções de amor. Afinal, não queremos que o espírito dos fiéis morra de tédio na igreja. Precisamos escolher o melhor e tomar cuidado com o excesso tanto da repetição como da variedade e quantidade de cânticos.
Fale sobre o seu notável hino Ein feste Burg ist inse Gott (Castelo forte é o nosso Deus).
Escrevi este hino, inspirado na convicção do salmista de que “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade” (Sl 46.1). Em seu poema, o salmista declara: “Não temeremos ainda que a terra trema e os montes afundem no coração do mar” (Sl 46.2). E no meu cântico eu afirmo: “Ainda que este mundo, repleto de demônios, ameace destruir-nos, não temeremos, pois Deus quer que a sua verdade triunfe por meio de nós.” A letra e a música desse hino tem tido uma boa aceitação.
Além da reforma na igreja, Lutero promoveu a maior reforma na música sacra que o mundo já viu.
Venha celebrar conosco. Dia 31 de outubro as 19h00min – Culto em comemoração aos 505 anos da Reforma Luterana com participação da Pastora Sinodal do Sínodo Nordeste Gaúcho, Pa. Tania Cristina Weimer. Após o culto, haverá coquetel de confraternização. Rua Fernando Ferrari, 1304 – centro – Igreja da Ressurreição.
Um abraço e boa reflexão!
Extraído do livro: Conversas com Lutero – História e Pensamento/
Elben M. Lenz César – Viçosa/MG: Ultimato, 2006.
PROGRAMAÇÃO DA COMUNIDADE
Dia 21
14:30h: Mãos que servem; 20:00h: LELUT (Na igreja)
Dia 22
9:30h: Coral Infanto Juvenil
Dia 23
9:00h: Culto com Santa Ceia no Ponto de Pregação do Bairro Santo Antônio (Com participação do Coral da comunidade); 19:00h: Culto Centro com Santa Ceia, Bênção aos aniversariantes do mês e Apresentação dos Confirmandos do 2º ano (com Culto Infantil e participação do Grupo Celebrai).
Dia 25
16:00h: OASE – Culto HM; 18:00h: EC 2º ano A e B.
Dia 26
Manhã: Plantão Pastoral.
Dia 27
19:00h: Conselho CSP.
P. Charles Werlich
Pastor da IECLB na Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Montenegro