Como justificar o pensamento de que para a pessoa ser salva, necessitaria fazer muitas boas obras para que Deus se agradasse dela e a recompensasse com a salvação? Criou-se entre as pessoas cristãs, uma confiança na “barganha com Deus”, no “toma lá, dá cá”, o que continuamos a presenciar após 490 anos da Confissão de Augsburg (CA).
Semana passada encerramos nossa reflexão com as seguintes indagações: se por um lado a Palavra de Deus me ensina que eu não devo fazer boas obras para ser salvo, mas também me ensina que a fé sem estas obras é morta, sem sentido, o que fazer então? Como entender isso? Quem está com a razão?
A questão em destaque, a partir do enfoque dado no sexto artigo da CA não é excluir as boas obras, mas sim, enfatizar que não devemos focar somente nelas, mas compreendê-las como frutos da nossa fé. São uma consequência no viver e na ação diária de uma pessoa cristã, mas que ainda assim, não à garante a salvação.
Quem acredita que quanto mais faz de bondade, mais Deus a recompensará, corre o risco de ajudar pessoas, fazer contribuições ou doações para outras pessoas, ou mesmo para a Igreja, apenas por obrigação ou interesse e não por reconhecimento e gratidão. A chamada “nova obediência” exatamente quer chamar a atenção para que as pessoas cristãs, no momento em que conhecem o verdadeiro Evangelho, são libertadas, e, como tais, são livres para amar e servir.
Lemos em 1João 4.19: “Nós amamos porque Deus nos amou primeiro”. Assim entendemos que na lógica de Deus, primeiro Ele age em nós, primeiro Ele nos beneficia, nos agracia, nos envolve com sua graça e amor. Por isso Martim Lutero escreveu a seu tempo: “Fé e amor perfazem a natureza do cristão. A fé recebe, o amor dá; a fé leva a pessoa a Deus, o amor a aproxima das demais. Através da fé ela aceita os benefícios de Deus, através do amor ela beneficia seus semelhantes”.
Poderíamos dizer então que a fé define nossa relação com Deus e o amor define o nosso comportamento no mundo, ou seja, é uma consequência da fé e, por isso, servimos e realizamos boas ações. Pelo conhecimento da pregação a respeito de Cristo que nos produz a fé e pela ação do Espírito Santo que nos concede dons, podemos produzir e partilhar frutos dignos de aceitação e de alegria para Deus. Você já tinha refletido desta forma? Quer conhecer melhor nossa forma de pregar e cultuar a Deus?
Venha visitar e participar da Comunidade Evangélica Luterana em Montenegro – rua Fernando Ferrari, 1304 – Centro. Você é nosso convidado especial.
P. Marcio S. da Costa
Avisos da semana:
Tendo em vista o atual cenário de pandemia por COVID-19, estão suspensas todas as atividades na Comunidade: Cultos, Culto Infantil, encontros de OASE, Grupo de Casais, LELUT, Ensino Confirmatório, Adolescentes, ensaio do Coral Adulto, Infantil e Aulas de Música, até o dia 30 de abril e os eventos programados estão cancelados até o dia 30 de junho.
O expediente da secretaria está suspenso por tempo indeterminado. Para os demais agendamentos e encaminhamentos, como: Batismo, Bênção Matrimonial, aconselhamento pastoral, óbitos e pedidos de autorização para sepultamento entrem em contato pelo telefone de plantão: (51)9 9666-8528.