Um senhor, com uns 80 anos de idade, descansava no banco da praça de uma cidadezinha do interior, quando foi abordado por um homem que havia estacionado o carro à sombra de uma árvore:
– Bom dia, senhor. Como vai?
– Bom dia, meu amigo – respondeu o idoso.
– O senhor mora por aqui? – perguntou o motorista.
– Sim, desde que nasci – disse o senhor com tom de satisfação.
Então o visitante explicou:
– É o seguinte: eu e minha família estamos de mudança para cá no final deste mês e eu gostaria muito de saber como é o povo daqui. O senhor pode me ajudar?
O idoso, então, perguntou ao homem:
– Antes eu quero te perguntar uma coisa: como são as pessoas da antiga cidade em que o senhor vivia?
Sem constrangimento, o futuro morador falou:
– Ah… De onde eu venho, as pessoas são muito boas, um povo hospitaleiro, amigo. Todos se dão muito bem. Eu amava aquele povo! Só estou saindo de lá porque a empresa em que eu trabalho abriu uma filial aqui e me colocou como diretor.
Satisfeito com a resposta, o idoso comentou:
– O senhor é uma pessoa de sorte! Esta cidade é exatamente como a sua. Tenho certeza de que sua família vai gostar muito da nossa gente. Somos muito ‘gente boa’. Para falar a verdade, você acabou de ganhar um novo amigo! Meu nome é José, muito prazer!
Aquele homem agradeceu ao idoso pela hospitalidade, voltou para o seu carro e foi embora.
Horas mais tarde, outro homem também chegou à praça da cidadezinha e fez a mesma pergunta ao idoso, que respondeu também a mesma pergunta feita ao visitante anterior. Meio sem entender, este homem respondeu:
– Viixi, era um povo muito sem educação. Um bando de gente orgulhosa, preconceituosa, arrogante e mesquinha. Só para você ter ideia, eu morei mais de 15 anos lá e não fiz um amigo sequer!
Com uma voz calma, o senhor de cabelos brancos disse ao homem:
– Sinto muito, filho. Infelizmente você vai encontrar exatamente o mesmo tipo de pessoa na nossa cidade. As pessoas aqui não são amigas de ninguém, são orgulhosas e vivem com uma cara fechada. Te aconselho a procurar outra cidade para morar, pois o povo daqui vai te decepcionar muito!
Então, caro leitor, nós sempre vemos e julgamos o mundo a partir da nossa visão, a partir de quem nós somos. Uma pessoa preconceituosa, por exemplo, vai enxergar todas as pessoas preconceituosas da cidade; uma pessoa briguenta só verá as pessoas complicadas do lugar.
Assim como o primeiro visitante da manhã vai enxergar as pessoas boas e amigas daquela cidade; já o segundo, só enxergará os orgulhosos, preconceituosos e arrogantes. O mundo depende da visão que temos. O exterior sempre refletirá o que temos guardado no nosso interior.
Thiago Pagung Lauvers – Estudante de Teologia
Atividades do mês
– Dia 28/01, 9 horas culto com oração pelas famílias enlutadas, em memória de Erica Eloise Eggers Machado.
– Estão abertas as inscrições do Ensino Confirmatório, para nascidos em 2006. Para se inscrever, devem trazer a Certidão de Batismo.