Nossas primeiras, e maravilhosas, impressões do Equador

Estamos há pouco mais uma semana no Equador e temos que dizer: que país surpreendente. Não rodamos muito, conhecemos apenas algumas cidades do sul do país, mas já construímos nossa opinião sobre esse pequeno, mas superaconchegante, pedaço do mapa.

Entramos no Equador por Arenillas, uma das fronteiras com o Peru. Andamos pouquíssimos quilômetros, cerca de 10, e já fizemos nossa primeira parada. Mesmo antes de chegar à Reserva Ecológicas Arenillas, percebemos o quanto o país se preocupa em manter a natureza e aumentar a conscientização sobre os cuidados que todos devemos ter com o meio ambiente. Só neste pequeno trajeto cruzamos com algumas placas na rodovia alertando sobre o plantio de árvores e a importância da preservação de rios. Nota 10!

Já na Reserva, sentimos como se estivéssemos entrando em um recanto de natureza intocada. Essa região não possui mata amazônica, como parte do Equador, mas tem uma variedade gigantesca de árvores de grande porte, aves, insetos e outros animais. Inclusive, borboletas de cores impressionantes e cobras, bichinhos simpáticos (ou nem tanto) que cruzaram pela Analuz antes mesmo que chegarmos à área de acampamento do local.

Inclusive, a estrutura da Reserva Arenillas merece um comentário especial. Água, energia elétrica, wi-fi, banheiro, chuveiros, trilhas sinalizadas e segurança. Tudo isso oferecido gratuitamente aos visitantes, pelo tempo que for preciso, com a única condição de respeitar a natureza e manter o ambiente limpo e cuidado. O que mais um viajante pode querer? Passamos dois dias recuperando as energias que os desérticos caminhos peruanos levaram e curtimos um contato direto com o mais bonito e rico da natureza.

Da Reserva, fomos rumo ao litoral, seguindo a rota das plantações de banana. São tantos hectares, que perdemos de vista, o que faz a banana ser um dos produtos mais baratos e de maior exportação do Equador. Renda para muitas famílias e base da nossa alimentação por aqui.

Chegando à costa, outra surpresa. Água cristalina, com temperatura bem mais alta e um clima bem “brasileiro” na areia: mais gente, biquíni (no Peru, esse item de vestimenta não é muito comum entre as mulheres, que preferem entrar na água de calça e camiseta), vendedores ambulantes, música… nos sentimos em Capão, com os benefícios de estar à beira do Oceano Pacífico.

Até agora, passamos por Montañita e Puerto Lopez, duas das mais badalas praias do Equador. Para o norte, a tendência são praias mais tranquilas e igualmente bonitas e agradáveis. Devemos aproveitar mais um pouco a costa equatoriana e voltar para a Cordilheira dos Andes, dessa vez, para conhecer a aproveitar a cultura andina daqui. Também queremos passar por algumas cidades da Amazônia Equatoriana, a região mais a leste do país.
Resumindo, temos muito para conhecer e desfrutar por aqui.

Trabalhar com Dólar não é fácil
Um problema que já detectamos do Equador é a moeda. O país é dolarizado desde 2000, ou seja, tem o Dólar Americano como moeda oficial. A medida oficial foi tomada enquanto o país atravessava uma crise econômica e inflacionária intensa e teve como objetivo contar com um dinheiro sólido, com pouca variação, aceito em quase todo o mundo, confiável e de fácil conversão para sair vivo. Para os equatorianos, na época, foi um bom negócio.
Porém, dessa forma, o câmbio prejudica um pouco visitantes não só brasileiros, mas latinos em geral. Em algumas idas ao supermercado já percebemos que produtos que normalmente são muito baratos no Brasil, como arroz e massa, aqui partem de US$1,00, quase R$ 4,30. Frutas que não são tão comuns como a banana, também são caras. Um abacate (bem comum na serra peruana) chega a custar US$ 1,00, por exemplo. Achar qualquer coisa por “centavos” aqui é uma missão um pouco difícil. Em contrapartida, produtos que já são mais caros, como queijos e carnes, mantêm os preços familiares para gente.
O que compensa o alto custo da alimentação é o baixíssimo preço do combustível. Confirmamos o que nos falavam: a gasolina é realmente muito barata. A “EcoPaís” (gasolina comum, com octanagem mais baixa) tem menos álcool que as utilizadas no Brasil e o litro não custa nem R$ 2,00. Dá pra aproveitar pra rodar bastante sem gastar muito.

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