Depois de vários meses de espera, nesta segunda-feira, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) finalmente vai apresentar o projeto das rótulas na RSC-287. Serão oito intervenções entre o Posto Shell, na Buarque de Macedo, e o antigo Frigonal, no Passo da Serra. O objetivo é tornar as travessias mais seguras, tanto para motoristas quanto para pedestres. Durante o evento, na Estação da Cultura, serão divulgadas informações como o valor do investimento, o início e o cronograma da execução e os impactos que a implantação terá sobre o trânsito. A verdade é que, durante vários meses, o trecho urbano da rodovia ficará comprometido pelas obras, o que vai exigir muita paciência dos usuários – motorizados ou não.
Reconhecimento – Desde que a proposta das rótulas começou a ser gestada em substituição ao projeto das sinaleiras, no ano passado, sempre houve dúvidas sobre a sua execução. A ideia foi defendida com unhas e dentes pelo vereador Joel Kerber (Progressistas), muitas vezes criticado – inclusive neste espaço – pela demora na elaboração do projeto. O legislador, inclusive, teve sua candidatura a deputado estadual inviabilizada porque não tinha nada a mostrar. Se alguém merece reconhecimento, neste momento, é ele.
Oremos – Óbvio que é cedo para comemorar. O Estado possui inúmeros projetos prontos em dezenas de cidades – e mesmo obras iniciadas – mas falta dinheiro para a conclusão. Ainda não há garantias reais de que será diferente aqui, mas como a EGR é mantida, em parte, com verbas do pedágio de Portão e a conservação desta parte da RSC-287 é de sua responsabilidade, a esperança é maior. Por via das dúvidas, não custa nada rezar para “Nossa Senhora do Déficit Orçamentário”.
Fiasco histórico – Ao longo das últimas décadas, muita gente perdeu a vida nas travessias junto aos bairros Santo Antônio e Panorama. O mais perto que havíamos chegado de uma solução foi o projeto das sinaleiras, no governo Aldana. Não era o ideal, mas o possível na época. A Prefeitura chegou a comprar os equipamentos em 2016 e até assinou um convênio com o Daer para a instalação. Acabou recuando porque o prefeito disse ter assinado o documento sem se dar conta dos custos envolvidos. Um dos grandes fiascos da recente história política montenegrina.
Alternativa – As rótulas foram apresentadas, então, como uma alternativa mais barata, mas como não havia sequer um projeto, até agora não passavam de uma boa ideia. E, neste tempo todo, mais algumas vidas foram perdidas. Uma conta que ninguém faz. Nem paga!
Fiat lux!
Os vereadores Valdeci Alves de Castro (PSB) e Erico Velten (PDT) possuem novos assessores de gabinete. Felipe Machado e Clotar Luiz Pick assumiram nos últimos dias e possuem, em comum, o fato de já terem sido diretores de Iluminação Pública do Município. Na Câmara, é deles a função de ajudar os vereadores a manterem sempre acesas as “lamparinas do juízo”.
E aí, vereador?
No início de agosto, o governo do Estado fechou o posto de identificação que funcionava junto ao Sine. Desde então, não há emissão de carteiras de identidade em Montenegro. Dias depois, o vereador Felipe Kinn, do MDB, usando contatos políticos, tranquilizou a população. Em 13 de agosto, em seu perfil no Facebook, ele publicou que a unidade seria reaberta num prazo de 30 dias. Até agora, nada!
Todos sabiam – Felizmente, não houve maior decepção, pois só o vereador acreditou que a promessa seria cumprida.
Em busca de cliques
Os vereadores Josi Paz e Valdeci Alves de Castro, do PSB, não estão se entendendo muito bem, embora sejam do mesmo partido. Semana passada, Josi promoveu uma reunião na Câmara com a gerência da Corsan para cobrar mais agilidade na oferta de água potável para a comunidade de Rua Nova, sobretudo para a Escola Municipal Etelvino de Araújo Cruz. No dia seguinte, o colega levou o dirigente da companhia e o secretário de Obras, Argus Machado, até a localidade, para fazer o mesmo pedido e, lógico, também produzir uma foto para o Facebook.
Disputa – Este tipo de atitude só prejudica a imagem do Legislativo. Para a comunidade, fica parecendo que suas excelências estão em guerra, quando deveriam unir forças para solucionar os problemas. “Ridículo” é o adjetivo que melhor se encaixa à situação.
Desperdício – Entre os colegas, Valdeci também costuma ser criticado por outro comportamento curioso. Às vezes, numa mesma rua, há várias lâmpadas queimadas. Ao invés de fazer um único pedido de conserto, o socialista produz vários, um para cada endereço onde é preciso fazer a troca. Assim, quem vê de fora até imagina que ele é mais trabalhador do que todos os outros. Difícil dizer, mas, com certeza, é um dos que mais desperdiça papel.
Apoio a candidatos
Se receber um pedido, o prefeito Kadu Müller disse que não terá problema algum em gravar um vídeo de apoio à candidatura de Waldir João Kleber (MDB) a deputado estadual. “Eu vi seu trabalho à frente da ACI e acho que ele reúne todas as condições para representar a cidade na Assembleia”, comenta. Semana passada, o chefe do Executivo, num ato político fora da Prefeitura, também reuniu filiados do Solidariedade e outros CCs do governo para pedir votos à candidatura de Márcio Müller, do seu partido.
Representação – O comportamento do prefeito até pode ser considerado contraditório. Afinal, ele só pode votar em um candidato para cada cargo. Kadu ressalta, porém, que a região precisa de representantes no parlamento gaúcho e que, se Montenegro tem bons nomes, é seu papel ajudá-los. Kleber e Márcio Müller, na opinião do prefeito, encaixam-se neste perfil.
Demora muito
O Cenário Político errou, na edição de quinta-feira, ao divulgar que a Administração Municipal levou quase 20 dias para fornecer uma lista com os serviços prestados em cada unidade de saúde mantida pela Prefeitura. Na verdade, foram 11 dias. O questionamento que aguarda resposta há mais de 20 é sobre testes de HIV. A Assessoria de Comunicação salienta que as secretarias têm inúmeras demandas e que fazem de tudo para conciliar as atividades com as solicitações da imprensa montenegrina.
Descentralização – Antes de empossar Cristina Reinheimer como secretária da Saúde, o prefeito Kadu fez questão de conhecer internamente a pasta e ficou surpreso com o nível de centralização das informações e das decisões que havia no setor. Ele garante que os fluxos vão melhorar agora, com reflexos positivos sobre os atendimentos oferecidos à população.