Se foi o tempo em que cantávamos, orgulhos a música “Céu, Sol, Sul…” Já não há mais nenhum encanto para oferecermos aos visitantes que aqui chegam, em busca daquela calorosa recepção do hospitaleiro povo gaúcho. O tradicionalismo, que era uma das marcas do estado, deu lugar a um bando de oportunistas que ficam se rebolando em cima do palco e cantando umas coisas tenebrosas.
O que falar do estado que já foi um dos melhores lugares do Brasil para se morar?
Hoje, entregue ao abandono da grande maioria das cidades, por má administração de quem é prefeito ou vereador de ocasião, vamos na contramão de estados prósperos, como Santa Catarina e uns outros dois, no máximo.
O governador, aquele cara que tem uma fala bonita, está afundando o pouco que ainda resta do pago, que, outrora cantado em prosa e verso, era de fato a potência do Brasil. Podíamos bater no peito e dizer que aqui vagabundo não se criava e que o povo era honesto e trabalhador.
Por causa da má administração, os honestos e trabalhadores carregam em suas costas uma conta impagável. São aumentos de salários para os grandes e aumento de impostos aos pequenos. Tudo dado pelo bonitão, que foi eleito com um discurso tão mentiroso que já estava na cara que não ia dar coisa boa.
A greve dos professores para ele não é nada!
Para qualquer político, uma greve nada mais é do que a insatisfação de meia dúzia de funcionários públicos que já têm diretos demais e afundam a máquina pública. Se a educação para, para eles é muito bom. Quanto menos pessoas inteligentes, mais votos eles recebem.
No meu ponto de vista, o caminho é uma greve geral de todos os servidores públicos. Quando o alto escalão deixar de ganhar todas as regalias, poderiam pensar em desfazer a greve. Quando todos dão as mãos, a coisa funciona.
Lamento demais que o brasileiro lote as ruas para festejar o título de um time de futebol, mas não tire a bunda do sofá quando seus direitos são roubados debaixo de seus narizes.
O que me resta é a vergonha de ser montenegrino, gaúcho e brasileiro.