Independência ou morte

Neste dia 7 de Setembro em que comemoramos o centésimo nonagésimo nono aniversário da independência do nosso amado Brasil, não poderia deixar de registrar aqui minha gratidão por nossos antepassados, que lutaram e deram suas vidas para que hoje o Brasil pudesse ser um país soberano e livre. Trago abaixo, aos meus leitores a carta do fiel amigo do príncipe, que juntamente com a princesa Leopoldina persuadiram Dom Pedro a ficar no Brasil e proclamar sua independência.
Carta de José Bonifácio:
“Senhor, as Cortes ordenaram minha prisão, por minha obediência a Vossa Alteza.

E, no seu ódio imenso de perseguição, atingiram também aquele que se preza em o servir com a lealdade a dedicação do mais fiel amigo e súdito. O momento não comporta mais delongas ou condescendências.

A revolução já está preparada para o dia de sua partida. Se parte, temos a revolução do Brasil contra Portugal, e Portugal, atualmente, não tem recursos para subjugar um levante, que é preparado ocultamente, para não dizer quase visivelmente. Se fica, tem, Vossa Alteza, contra si, o povo de Portugal, a vingança das Cortes, que direi?! Até a deserdação, que dizem já estar combinada. Ministro fiel que arrisquei tudo por minha Pátria e pelo meu Príncipe, servo obedientíssimo do Senhor Dom João VI, que as Cortes têm na mais detestável coação, eu, como Ministro, aconselho a Vossa Alteza que fique e faça do Brasil um reino feliz, separado de Portugal, que é hoje escravo das Cortes despóticas.

Senhor, ninguém mais do que sua esposa deseja sua felicidade e ela lhe diz em carta, que com esta será entregue, que Vossa Alteza deve ficar e fazer a felicidade do povo brasileiro, que o deseja como seu soberano, sem ligações e obediências às despóticas Cortes portuguesas, que querem a escravidão do Brasil e a humilhação do seu adorado Príncipe Regente.

Fique, é o que todos pedem ao Magnânimo Príncipe, que é Vossa Alteza, para orgulho e felicidade do Brasil.

E, se não ficar, correrão rios de sangue, nesta grande e nobre terra, tão querida do seu Real Pai, que já não governa em Portugal, pela opressão das Cortes; nesta terra que tanto estima Vossa Alteza e a quem tanto Vossa Alteza estima.”

Como patriota que sou, apaixonada por nossos símbolos, nossa gente, tudo aquilo que compõem nossa cultura e os anos que forjaram esta linda nação, jamais fugirei à luta, nem que para isto tenha que derramar meu sangue. Todos que me conhecem sabem que a cada solenidade, seja aqui no município ou em qualquer parte do meu Brasil, sempre que o nosso Hino Nacional é tocado eu me emociono.

José Bonifácio sonhava com um país livre, até porque ele esteve em Paris nos meados de 1790, presenciando de perto o início da revolução Francesa. Ele viu o quanto de sangue foi derramado entre irmãos, jacobinos e girondinos. O primeiro radical resolveu levar a cabo a destruição do passado, como se isto fosse possível. Bonifácio não queria ver está história se repetir no Brasil.

Diferente de 1822, hoje temos uma constituição que precisa ser respeitada. O direito precisa seguir o trâmite legal, arroubos de censura à liberdade precisam ser repudiados por todos os entes, caso contrário, corre-se o risco de vivermos em um país ditatorial.

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