Estivemos na manhã dessa segunda-feira, dia 06, reunidos na Câmara Municipal de Vereadores, com o propósito de, somando esforços e agregando ideias, encontrarmos uma solução objetiva para a questão do mamógrafo instalado no Hospital Montenegro.
Preocupada com a situação do mamógrafo, meu primeiro requerimento de reunião, lá no mês de janeiro ainda, foi justamente para atender essa demanda. A reunião com a Direção do HM, Legislativo e Executivo já havia sido cancelada duas vezes, adiando nosso encontro devido à pandemia.
O equipamento adquirido em 2015 e que passou a operar apenas em 2019, poucos meses depois, em fevereiro de 2020, sofreu uma sobrecarga de energia elétrica decorrente de raios de temporal que o danificou, tirando-o desde então de operação.
O exame de mamografia é, para toda e qualquer mulher com 40 anos de idade ou mais, ou que tenha histórico de câncer de mama na família, investigação clínica de absoluta imprescindibilidade, uma vez que só com esse exame é possível se detectar a doença. E essa ainda é uma averiguação periódica que deve ser repetida uma vez por ano, pois são alarmantes os índices de avanço da enfermidade entre as mulheres brasileiras.
Segundo estimativa apresentada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil são previstos 625 mil novos casos de câncer, de todos os tipos, por ano até 2022. Sabemos que é assegurada às mulheres, conforme estabelece a Lei nº 11.664/2008, a realização periódica do exame de mamografia. Entretanto, na prática, não só aqui em Montenegro, mas em um grande número de outros municípios brasileiros a realidade das nossas condições de vida e saúde fica muito aquém do desejável.
A nossa eficiente Secretaria Municipal de Saúde tem se empenhado para dar atendimento às mulheres montenegrinas, encaminhando as pacientes para realizar os exames de mamografia no município vizinho de São Sebastião do Caí, através da Central de Regulação do Estado. Tem sido essa a solução encontrada por ora, mas penso ser possível e necessária a melhoria dessas condições, de maneira que as mulheres daqui possam no nosso município serem diagnosticadas.
O custo de um mamógrafo é bem variado e há enorme gama de especificidades para cada modelo anunciado no mercado. Talvez até pudéssemos vender o equipamento danificado, dando-o como entrada no pagamento de um novo, com garantia de assistência técnica e de manutenção. Mas essa é apenas uma das possibilidades e, com certeza há outras. Resta-nos, pois, nos debruçarmos sobre o assunto e encontrarmos a melhor solução.
Na continuidade do encontro realizado, tratamos também sobre os repasses de consultas e exames especializados, principalmente, no que se refere à ginecologia e cirurgia geral, questões de extrema relevância para nossas mulheres, tendo a direção do Hospital Montenegro informado que, já nos próximos dias, o mais brevemente possível serão liberadas consultas e cirurgias ginecológicas.
Por fim, acreditamos que esse possa ser um primeiro passo para traçarmos o caminho à solução desse imbróglio.
Afinal, as mulheres de Montenegro querem, precisam e merecem.
Ana Paula Machado
Vereadora – PTB
Presidente do PTB Mulher
Líder do Governo no Legislativo