Mais uma avassaladora enchente nos atingiu em cheio, nos pegou de novo, nos arrebatou e nos trouxe incontáveis prejuízos materiais.
Todavia, nessa última não foi apenas aqui na nossa cidade e nos mais próximos municípios da nossa região. Nem tampouco ocorreram só prejuízos materiais e econômicos.
Não. Dessa vez a força da natureza se fez presente e aterrorizadamente devastadora e destruidora praticamente em todo o estado do Rio Grande do Sul, atingindo cerca de 350 cidades, inclusive a nossa capital Porto Alegre, e já matou, até o presente momento, 163 pessoas e um número ainda incalculável de animais das mais variadas espécies.
Graças à espetacular gestão do nossos Prefeito e Vice-prefeito, Zanatta e Braatz, além da irretocável condução dos trabalhos da nossa Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e de vários outros departamentos e secretarias do Poder Executivo, que lidam diretamente com as questões habitacionais, de ação social e de saúde, além de inúmeros voluntários de todas as áreas como Serviço Social, Saúde, Nutrição, Veterinária e tantas outras, aqui em Montenegro estamos conseguindo estabilizar a situação e amenizar os impactos, que não são pequenos.
Mas, tristemente, temos de admitir que há racionalidade se pensarmos que o número de óbitos aumentará, considerando que também contabilizamos mais de uma centena de desaparecidos.
Estamos vivenciando, pois, a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul, algo que jamais imaginávamos viver e ter de enfrentar.
Mas a vida é isso. É uma sucessão de ascensão e queda, de subir e descer degraus, de avançar e retroceder para refazer e refortalecer.
Eu não tenho palavras para empregar aqui e, com elas conseguir expressar tudo o que os meus olhos presenciaram nesses últimos dias. Eu vi, presenciei e senti muito sofrimento, muita desolação, muita revolta e muita dor e tristeza.
Entretanto, eu e todos os gaúchos atingidos também estamos a presenciar uma onda gigantesca de empatia e solidariedade, não só para conosco, seres humanos fragilizados, como também para com milhares de animaizinhos que igualmente perderam seus lares e suas referências, se viram forçados à separação dos seus tutores e se perderam após essa tragédia imensa.
A solidariedade e a bondade, o carinho e a atenção, a empatia e a boa vontade, a dedicação e o respeito, todas essas lindas demonstrações têm sido tão fortemente presentes que, até por uma questão de justiça, não cito ninguém.
A ajuda tem vindo de tantas pessoas e de tantos distintos lugares, do Brasil e até de vários outros locais do exterior, que me parece impossível referir minimamente aqui todos que merecem a nossa eterna gratidão.
Então eu só quero mesmo é reiterar a minha gratidão, profunda, sincera e imensa à todas essas pessoas que, de uma maneira ou outra, estão nos auxiliando a superarmos mais uma horrenda tragédia.
E vai passar! Nos reergueremos! Sobreviveremos e eu espero que também sejamos capazes de melhor interpretar todos os sinais que as intempéries climáticas têm nos mostrado, para que passemos a lidar com essas questões ambientais de melhor forma.
Que Deus nos proteja e nos permita a superação mais breve possível de todo esse triste período!
Obrigada a todos!
Sigamos!