Ser humano é estar em equilíbrio

Como diz um amigo meu: “As pessoa são uns bicho estranho”. E isso é verdade: somos animais. E como tais, verificamos o mundo através dos sentidos, e o interpretamos através de uma mescla de emoção e razão. Mas essas que, claro, deveriam andar em equilíbrio, raramente o fazem.

Muitos acreditam que a razão deveria superar a emoção, mas então não teríamos mais empatia e estaríamos bem próximos da sociopatia. E, o inverso, tão terrível quanto, ao remover a razão, faria de nós criminosos passionais, uma vez que não teríamos o freio do intelecto. Por isso o equilíbrio de ambas as faculdades são a essência do que se poderia chamar verdadeiramente de “ser humano”.

Os extremos sempre levam ao erro. Sempre que estamos em uma extremidade, estamos fora da realidade. Os crimes que vemos aos montes, sempre estão atrelados, ou à falta de empatia, causada por um aumento na racionalidade em conjunto com o egoísmo, ou no excesso de emoção, descontrolada, também unida ao egoísmo.

A princípio nos parece que o problema é o egoísmo, mas não é. Até porque o egoísmo sempre estará lá. É uma ingenuidade achar que poderemos deixar de ser egoístas. Esse é um dos compostos da equação humana que não será jamais removido. Somos animais egoístas, porque faz parte de nossa natureza proteger nossa integridade. Porém, mesmo sendo egoístas, se estamos em equilíbrio com a emoção e a razão, somos capazes de encontrar o melhor de nós. De termos empatia e inteligência para ajudar uns aos outros, na medida certa.

Quando estamos em equilíbrio, entendemos uns aos outros, pois somos aptos a nos colocar emocionalmente no lugar alheio e, através da razão, compreender o que é melhor a se fazer. Por isso que, vendo uma pessoa passando dificuldade, ao ajudarmos, não significa que não sejamos egoístas. Não. O Ego esta lá, mas ele está em equilíbrio com a emoção e a razão. Por isso, antes de batalhar inutilmente contra o Ego, busque o equilíbrio. É esse centro que fará com que o Ego se mantenha sob controle.

Sempre que estamos no centro, estamos mais próximos do que realmente somos, sem excessos, sem estarmos nas extremidades, fora da realidade. Esse equilíbrio deveria ser uma busca diária humana, no intuito de engrandecer o que há de melhor em nós: a empatia. A capacidade de olhar o próximo e ver nele a verdade: somos parte de uma coisa só. Que, quando ignoramos a dor do outro, fazemos sofrer a nós mesmos, ainda que seja imperceptível de início; mas a vida se encarregará de deixar claro posteriormente.

Por esse motivo devemos sempre buscar esse olhar empático em relação aos nossos semelhantes, e não só humanos, mas tudo o que é vivo como nós. É essa habilidade que engrandece e enobrece a humanidade porque, de fato, é isso que nos faz mais humanos.

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