Jesus não existiu…

…ou existiu? Essa é uma pergunta que para uns a resposta é tão óbvia (Sim!) quanto para outros (Não!). Mas, de fato, lembrando-me das palavras da professora e filósofa Lúcia Helena Galvão: é capaz de alguém que nunca existiu deixar uma pegada, uma marca tão forte que seus ensinamentos perdurem por mil anos? Quem dirá dois mil!

Ensinamentos de amor puro, profundo e incondicional, capazes de elevar a alma mais baixa aos níveis mais altos. Exemplos de justiça perfeita onde, ainda que, aos olhos humanos, parecem injustas para quem as pratica, uma vez que todos tendem a sempre querer sair ganhando; amor verdadeiro, onde a recompensa não é esperada, nem almejada. Instruções de amor aos próprios inimigos tanto quanto aos próximos queridos.

Que tipo de pessoa é assim? Que tipo de pessoa ensina todas essas formas de se desfazer de si mesmo e consegue fazer sua voz ecoar pela eternidade, através de gerações, de culturas, de civilizações? Mas nós sabemos. É o tipo de pessoa que Jesus foi. E as maiores provas de sua existência, nem sequer se dão nas cartas de Saul ou nos Evangelhos, mas nos comentário e documentos dos próprios adversários ou descrentes, dos quais se podem citar o historiador judeu Flávio Josefo e do senador romano Tácito.

Agora, se Jesus era ou não um ser divino, filho de Deus, ou o próprio Deus encarnado, aí é assunto para outra coluna; mas mais uma vez invoco as palavras da professora Lúcia quando esta diz que, quão forte precisa ser a fé de algumas pessoas em alguém para que morram serenamente por ela? Essa era a fé dos primeiros discípulos de Jesus, dos apóstolos que, como mártires, aceitaram suas mortes, em sua maioria terrível, em nome de seu Mestre e Filho de Deus, sem pestanejar.

Jesus, que nasceu judeu, cresceu aprendendo a Lei entre os Fariseus, mais precisamente da Casa do rabino Hilel, dos quais faria parte depois e sendo esse o único motivo pelo qual era liberado a falar nas sinagogas, pregou uma interpretação única e correta da Lei de Deus, a Torah. E, por esse motivo, causando um alvoroço entre toda a estrutura religiosa da época, conseguiu a inimizade de muitos sacerdotes poderosos e influentes. Inclusive, existem muitas fontes rabínicas no Talmud e em outros textos judaicos criticando Jesus, chamando-o de feiticeiro, dentre outras coisas, o que expõe, através de textos adversários, que ele realmente produzia milagres na frente de todos.

Assim, através de fontes, digamos, inimigas, vemos a existência real de um homem chamado Jesus, que viveu na época de Flávio Josefo e Tácito, isto é, no primeiro século do calendário Gregoriano que, segundo fontes adversárias judaicas, era capaz de feitos milagrosos. E, ainda que esses mesmos oponentes desacreditassem de sua divindade, suas realizações moldaram uma corrente nova dentro do judaísmo, que, posterior, recebeu nova roupagem e foi angariando novos elementos até se tornar no Cristianismo que conhecemos hoje.

Entretanto o fato continua: Jesus existiu, pregou e fez milagres. E quem diz isso não são seus seguidores, mas seus adversários. Prá mim, parece-me prova suficiente.

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